Por Fernando Mansur
Certas histórias que leio, cabem bem dentro de mim, que perguntar carece: por que não fui eu quem fiz? – Pedindo licença poética a Milton e Tunai para essa introdução à bela e instrutiva história anônima que trouxe hoje para vocês. Se gostarem, passem adiante.
“Era uma vez um senhor que se queixava constantemente da má sorte de sua vida. Estava sempre a dizer: ‘Ai, que cruz tão pesada que Deus me deu!’
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Um dia, quando mais uma vez repetia essas palavras, embora num tom mais doce e conformado, apareceu-lhe um Anjo, que disse: ‘Olha, ouvimos as tuas queixas e vou levar-te a um grande depósito no Céu onde estão guardadas muitas cruzes, para as pessoas carregarem em suas vidas. Podes escolher à vontade aquela de que gostares mais, a que te parecer menos pesada.’
E assim foi. O bom homem experimentava todas as cruzes e cada qual lhe parecia mais pesada. Depois de muito procurar, entre dezenas e dezenas, encontrou finalmente uma a seu gosto. Era a mais leve de todas e que se adequava maravilhosamente a ele.
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Por isso, chamou o Anjo e disse-lhe: ‘É esta a cruz que eu quero pra mim. É a mais leve e bonita de todas. Posso ficar com ela?’ O Anjo sorriu e respondeu: ‘Podes, sim. Ela sempre foi tua. Repara bem, era aquela que transportavas e de que tanto te queixavas’...”
Nosso querido irmão de Portugal, José Manuel Anacleto, publicou esse pequeno conto em sua revista ‘Biosofia’ – vale a pena conhecê-la! Ele termina seu artigo com estas palavras: “E a ninguém – ninguém mesmo – em nenhuma vida, é dada uma cruz mais pesada do que a que pode suportar, aferida pela justa e perfeitíssima medida do (seu) karma.”
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Que seu dia seja iluminado pela luz da compreensão!