“Pergunta: não há uma parcela maior da humanidade que obedece à lei e cujo carma acumulado neutraliza o mau carma de outros?
Resposta da Senhora Blavatsky: Nada pode neutralizar o mau carma dos indivíduos. Coletivamente pode haver algum equilíbrio, contudo receio que tudo esteja no caminho errado. Vejam, o mal predomina por toda parte. Isso não é bom. Vão aonde forem e verão que nada é feito sem motivações egoístas, e, portanto, tudo se faz para beneficiar o próprio, a nação ou o indivíduo – os outros sendo, assim, perdedores.
É algo terrível quando se observa a atual situação dos negócios, da vida e da civilização. Esta civilização é o cancro da humanidade; será a ruína da humanidade, da maneira como se conduz. Eu não digo civilização corretamente, não é o termo adequado; na verdade é o desenvolvimento mais gigantesco do egoísmo que jamais se viu.
E posso afirmar que a Quinta Raça (a atual) se apagará com uma grande fanfarra de trompetes, que não serão diferentes dos trompetes do grito de guerra.
Pergunta: O egoísmo é maior agora do que na Quarta Raça (a Atlante)? Senhora Blavatsky: Mil vezes pior, porque as pessoas se apegam à matéria com o máximo desespero, é por isso.”
Embora o título desta coluna seja Alegria no Ar, pensei em trazer este alerta, que insiste em permanecer no ar, embora raros o ouçam. Consta do livro “Comentários sobre A Doutrina Secreta – As Instruções não publicadas de 1889”. Um diálogo de H.P. Blavatsky com seus alunos em Londres. Transcritas e Anotadas por Michael Gomes. Publicada pela Editora CLUC, de Portugal, a obra é distribuída no Brasil pela Editora Teosófica.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.