Ex-funcionários processam espólio de Gal Costa e acusam cantora e viúva de forjarem pagamentoFoto: Reprodução
Exclusivo Ex-funcionários processam espólio de Gal Costa e acusam cantora e viúva de forjarem pagamento
Trabalhando 15 horas por dia, casal afirma que famosa depositou envelope vazio no banco para pagar salário e juntos pedem mais de R$ 1 milhão em direitos trabalhistas
A coluna Daniel Nascimento descobriu com exclusividade mais uma polêmica envolvendo a falecida cantora Gal Costa! Um casal de ex-funcionários está processando o espólio da famosa, acusando-a de fraude no pagamento de salários e exigindo mais de R$ 1 milhão em direitos trabalhistas. A esposa, que trabalhou de junho de 2017 a junho de 2022, e o marido, de janeiro de 2019 a junho de 2022, alegam que a artista e sua viúva, Wilma, forjaram depósitos bancários com envelopes vazios.
Conforme documentos a que a coluna teve acesso, a funcionaria trabalhava 15 horas por dia, com apenas 20 minutos de intervalo, em dois locais: a casa e o apartamento da cantora. Ela folgava às terças em uma residência e aos domingos e terças na outra. A funcionária deveria receber R$ 4.500,00 de salário, mas afirmou que a famosa depositava um envelope vazio e dizia que o pagamento estava feito.
O segundo funcionário que move o processo, é casado com o primeiro e foi contratado para ajudar a esposa devido ao volume de trabalho nas residências da cantora, ele receberia R$ 2.250,00 seguindo a mesma exaustiva jornada de trabalho de 15 horas diárias, porém com 30 minutos de intervalo. Além de realizar tarefas pesadas, ele limpava jardins, janelas e banheiros, passeava com os cachorros da cantora e atuava como motorista. Apesar da promessa de salários separados, o casal afirma que a esposa teve que dividir seu salário com o marido sob a promessa de reembolso, algo que nunca aconteceu.
A situação ficou ainda mais grave quando segundo eles, a cantora e sua esposa deixaram de pagar seus salários e passagem. Sem dinheiro para levar sua alimentação, já que Gal Costa não fornecia refeição, a ex-funcionária alega que chegou a trabalhar com fome por mais de 12 horas o que fez com que ela fosse para casa passando mal.
A ex-contratada alega ainda que a irmã de Wilma, Ana Cristina, monitorava a funcionária para impedi-la de consumir qualquer alimento destinado à família. Segundo afirmado por eles no processo, o casal trabalhava em condições extremamente desfavoráveis. Agora, eles pedem na justiça um total de R$ 1.161.581,07, sendo R$ 832.411,83 da mulher e R$ 309.169,24 do marido. O valor inclui FGTS, INSS, seguro-desemprego, horas extras, férias e 13º salário.
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