'Sou grata por tudo que ele fez, mas jogou sujo comigo', diz irmã de Sheik
Lígia Passos abre o jogo sobre a briga que trava com o ex-jogador por causa da sociedade de um colégio em Nova Iguaçu
Por MH
Depois que esta humilde coluna noticiou que ex-funcionários cobravam direitos trabalhistas da família de Emerson Sheik, a irmã do ex-jogador, Lígia Passos, resolveu abrir o jogo sobre a briga que trava com o parente famoso há pouco mais de um ano. "Sou grata por tudo que ele fez, mas ele jogou sujo comigo. Errou muito comigo. Não teve caráter nem palavra e nós não temos mais nenhum vínculo. Acabou. Mas, eu ainda vou lutar para honrar os meus compromissos", desabafa a pedagoga, se referindo às dívidas que tem com os 20 ex-colaboradores da escola que era administrada pela família Passos.
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Escola da família Sheik
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Lígia Passos
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Escola da família de Sheik
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Documentos de Lígia Passos
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Documentos de Lígia Passos
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Documentos de Lígia Passos
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Lígia Passos e Emerson Sheik
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A fachada do novo prédio da Escola Municipal Compactor
Diego Valdevino / Divulgação PMNI
Emerson Sheik
AFP
Em 2005, Emerson Sheik abriu o Centro Educacional Nova Escola de Nova Iguaçu, no Jardim Iguaçu, em sociedade com os irmãos: 50% dele, 25% para Lígia e 25% para o irmão mais velho, Claudio. "Até 2012, o colégio funcionava bem e o Márcio (nome de batismo de Emerson) só queria saber se o colégio não tinha dívidas. Nunca chegou nada sobre falta de pagamentos ou atraso para ele. No mesmo ano, o Márcio deu várias entrevistas dizendo que a escola era comunitária e me trouxe problemas com vários pais, que se queixaram. A instituição nunca foi comunitária e eu até que consegui reverter a situação. Logo depois desse episódio, ele me deu os 50% dele. Primeiro de boca. Me deu também o terreno, mas tomou de volta', lembrou.
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Lígia disse que na época da 'doação' ainda tentou oficializar a situação da 'nova sociedade', mas não tinha verba para pagar as documentações de transferência, por conta das benfeitorias que ela e marido, Ademilton Lima fizeram e deixou para lá. "Em 2015, por conta da crise financeira no Brasil, a escola começou a sofrer as consequências, mas conseguimos levar até o final de 2017. Resolvemos fechar a porta e falamos com os funcionários. 'Olha, nós não vamos pedir falência. Nós vamos tentar alugar ou vender a escola para pagar todo mundo. Quem quiser entrar na Justiça, pode entrar, mas, a nossa intenção é acertar todo mundo. Eu tinha uma planilha com toda a nossa dívida que era de R$ 170 mil. Hoje, chega por baixo nos R$ 230 mil", contou.
Lígia conseguiu alugar a escola para Prefeitura de Nova Iguaçu em julho de 2018, mas por conta da burocracia relacionada a documentação, o aluguel só foi oficializado em setembro 2019. "Nós alugamos por R$ 25 mil e assim que caiu o primeiro pagamento acertamos com a advogada, que nos ajudou em todo o processo para a locação da Escola Municipal de Educação Infantil Compactor e pagamos também algumas contas. Eu refiz a planilha para começar a acertar com os ex-funcionários. Só que no segundo mês não caiu (o pagamento do aluguel) e aí descobrimos que um advogado, em nome do Marcio, passou tudo para o nome dele comprovando que ele era o dono da escola e nós, eu e o meu marido, sempre fomos os comodatos. Ele (Sheik), desde o início, sabia de toda a negociação, até porque ele assinava tudo, e acabou fazendo isso comigo. Eu só queria pagar os funcionários. Se ele me dissesse 'irmã, preciso do dinheiro também, ok!'. Mas ficar com tudo e me deixar na mão? Os processos são só meus e o lucro é só dele?. Eu lutei muito. Ele investiu? Sim. Mas, eu valorizei o patrimônio deixando uma escola com excelentes instalações. Isso me dói muito, mas eu vou me reerguer. Deus vai me ajudar", desabafou.