No dia 14 de setembro, a Igreja Católica celebra a festa da Exaltação da Santa Cruz. Para muitos, especialmente aqueles que não são cristãos, essa comemoração pode suscitar uma pergunta comum: por que "exaltar" a cruz? A resposta é simples, mas profunda. Não exaltamos uma cruz qualquer, ou todas as cruzes. Exaltamos a Cruz de Jesus Cristo, pois foi nela que se revelou de maneira máxima o amor de Deus pela humanidade.
A Cruz não é um símbolo do sofrimento. Ela carrega um significado muito mais profundo: expressa tanto a intensidade do mal, quanto a força mansa e onipotente da misericórdia de Deus. Embora a crucificação possa parecer a falência de Jesus, ela, na realidade, marca a sua vitória.
Naquele momento trágico do Calvário, enquanto muitos zombavam dizendo: "se és o Filho de Deus, desce da cruz", eles não compreendiam que, precisamente por ser o Filho de Deus, Jesus permaneceu fiel ao plano de amor de seu Pai até o fim.
Quando dirigimos o olhar para a Cruz onde Jesus foi pregado, contemplamos o sinal do amor infinito de Deus por cada um de nós e a raiz da nossa salvação. Daquela Cruz brota a misericórdia do Pai que abraça o mundo inteiro. Através do sacrifício de Cristo, o maligno foi derrotado, a morte foi vencida, a vida nos é doada e a esperança nos é restituída.
É fundamental que a cruz que penduramos em nossas paredes ou que carregamos em nosso peito não seja vista apenas como um ornamento ou uma peça de superstição. Ela deve ser o sinal visível do nosso desejo de unir a nossa vida a Cristo, especialmente no serviço aos mais necessitados.
Portanto, nós não exaltamos as cruzes, mas a Cruz gloriosa de Jesus, sinal do amor imenso de Deus, sinal da nossa salvação e caminho rumo à Ressurreição.