Por O Dia

A China vive o ano do rato. Nada contra. Mas o Ocidente tá pegando a rebarba do que, digamos de brincadeirinha, o mais recente produto de exportação: o novo coronavírus. Lembram (desculpem os mais novos) da gripe espanhola, de 1918? Uma das maiores pandemia do mundo. Nada mais foi do que a nossa conhecida Influenza - ou esticada do H1N1 - que matou entre 50 e 100 milhões de pessoas.

Nosso velho planeta, plano ou redondo, tá meio prejudicado. Temporais matam, degelo causado pelo efeito estufa, a guerra do petróleo, a queda das bolsas, com marolas ou crises pequena, o desemprego dormindo com o povo, o fake news rondando nossas vidas... Enfim, virou o Samba do Crioulo Doido, que Sérgio Porto inventou em 1966 sendo reeditado na "atual conjuntura", tema-enredo do saudoso companheiro.

Viram o que acontece na Itália? Um país com a população mantida em cativeiro, na marra, para evitar a propagação - já alta - do vírus e já sem leitos de UTIs para todos os doentes. Em Madri, na Espanha, o Covid-19 já fechou escolas, universidades e o Congresso. Um deputado foi atingido pela doença. Na França, a coisa tá piorando.

Outros países do velho mundo, a Alemanha, por exemplo, tá em estado de alerta máximo e a Premiê Angela Merkel falando em fechar fronteiras. Nos Estados Unidos, o medo tá geral em plena campanha eleitoral. As bolsas de valores estão catando dólares. O petróleo, que andava paralelo ao dólar, veio na contramão e foi motivo de briga entre americanos e árabes, derrubando os preços e sacudindo ainda mais o planeta.

Bem, calma amigos. Vou chegar no Brasil. Falta pouco. Eu ainda nem cheguei no Paraguai! Parece que a terra ficou de ponta cabeça, mudando o ritmo da rotação. Até a cerveja, a bebida mais velha e mais consumida no universo, tá matando. A Índia, o país que em breve será o mais populoso, tá arriada com a doença. Irã, meu Deus, passou dos mil mortos.

O ópio do povo, o futebol, tá meio prejudicado mundo afora. Quantos países suspenderam campeonatos ou estão proibindo a presença dos torcedores durante os jogos? Aqui, no Rio, tais medidas correriam risco de não dar muito certo. Para manter o Maracanã sem torcedores - em um Fla X Flu imaginário - também seria difícil. O mesmo em SP, ou BH, Porto Alegre e etc e tal.

Ou, como, as autoridades sanitárias proibirem a ida à praia? Nada de aglomerações ! Imaginem, um final de semana, temperatura nos 40°, as praias da Zona Sul, ou Oeste, vazias.? Lembrei de um detalhe: o homem branco, na chegada ao Brasil, trazendo simples resfriados, dizimou milhares de índios. Até dor de dentes andou matando - que exagero. Mas, vamos ao que interessa...

Nesses tempos de mudanças, enquanto as milícias e traficantes de várias facções lutam entre si, vamos vivendo nas marolas da vida, com poucos casos (?) de coronavírus, que ainda não matou ninguém em nossa terra, e ficamos acabando com estoques de álcool gel, máscaras hospitalares e até papel higiênico. Desconfio que, em pouco tempo, as milícia vão vender esses produtos Mas, vamos lavar as mãos com água e sabão. Andamos nos ônibus, trens, barcas e supermercados lotados, usamos métodos caseiros para curar doenças - resfriados, então, tem centenas de receitas da vovó, incluindo os chás - E o mundo continua de cabeça para baixo.

O corona chegou ao Brasil definitivamente, como afirmam as autoridades. Não acabamos com a geosmina e já entramos de mergulho no Covid-19. Mundo louco: até ex-jogador de futebol tentou ser paraguaio, falsificado. No Paraguai tem arruda e álcool em gel ?

Você pode gostar
Comentários