ACM Neto, Antonio Rueda, Waguinho e Marcio CanellaDivulgação

Em Brasília para as convenções dos respectivos partidos, o presidente nacional do DEM, ACM Neto, e o vice-presidente do PSL, Antonio Rueda, selaram o destino do diretório fluminense do União Brasil — fruto da iminente fusão das duas agremiações. O comando ficará mesmo com o prefeito de Belford Roxo, Wagner Carneiro, atual mandachuva fluminense do PSL.
O cartola da Baixada Fluminense inclusive posou para fotos ao lado dos dirigentes e do deputado estadual Marcio Canella, seu ex-vice-prefeito e parceiro político de anos. Canella já conseguiu costurar sua saída do MDB para poder embarcar, desde já, na nova casa.
O novo partido nasce com um poderoso fundo eleitoral, já que o PSL elegeu a segunda maior bancada federal de 2018, surfando na onda Bolsonaro. Os quadros incluem ainda quatro governadores e sete senadores.
Mas o total de deputados das duas legendas vai ser inferior à soma de 81: assim que o casamento for consumado, a grande maioria dos 15 fluminenses, por exemplo, deve tomar dar no pé. Pela legislação eleitoral, eles teriam que esperar a janela no ano que vem, para não correr o risco de perder o mandato — mas a fusão abre uma brecha para antecipar o divórcio.
Oficialmente, muitos dizem que não topam dividir o mesmo teto com Waguinho. Uma tentativa de entregar o partido ao secretário de Fazenda carioca Pedro Paulo (DEM) foi ensaiada, para conter os danos, mas deu em água.
Entre os 12 eleitos pelo PSL, especula-se que não sobre ninguém para contar a história. Até mesmo Gurgel, vice-presidente estadual, está disposto a tomar outro rumo.