Esquerda carioca defende apuração de denúncias contra Gabriel MonteiroDivulgação/CMRJ

A esquerda carioca tem se manifestado nas redes depois de funcionários de Gabriel Monteiro o denunciarem por assédio moral e sexual, e o acusarem de manipular os vídeos veiculados em seu canal do YouTube. O caso foi divulgado em reportagem, neste domingo (28), da TV Globo. Vereadores do Rio pedem atuação da Comissão de Ética da Casa, presidida por Alexandre Isquierdo, e falam em cassação de mandato. Filiada ao PL recentemente, Verônica Costa foi a única exceção até o momento.
"Estupro, assédio, violação do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente)... Gabriel Monteiro é lobo em pele de cordeiro", escreveu Mônica Benício (Psol).
"O ofício parlamentar é incompatível com o sensacionalismo, assédio e abusos relatados. Iremos, inclusive, oficiar o Youtube Brasil pela imediata desmonetização do canal do parlamentar", publicou Tarcísio Motta (Psol).
Já o vereador Reimont (PT), digitou: "as denúncias (...) são graves e precisam ser investigadas pelas autoridades e pela Comissão de Ética da Câmara do Rio. Qualquer tipo de abuso e constrangimento é inadmissível", concluiu.
"Estupro, assédio sexual e moral, contratação de funcionários fantasmas, violação de direitos de menor, falsidade ideológica... a lista dos crimes do bolsonarista Gabriel Monteiro é enorme! Entrarei com pedido de cassação do mandato desse bandido", diz outro petista, Lindbergh Farias.
Exceção entre Psol e PT, filiada recentemente ao PL de Cláudio Castro, Verônica Costa classificou a situação como "denúncias escandalosas e muito graves".
"Qualquer pessoa que tem experiência de vídeo sabe que o conteúdo tem que ser cadenciado. Nunca mentiroso. O fato de eu ajudar a criança a falar sua realidade só demonstra minha vontade delas mudarem de vida", justificou Monteiro sobre o vídeo em que diz para uma criança o que falar diante das câmeras.
"A suposta estuprada me procurou pra ficar comigo após esse suposto ato. A família da criança tá indignada com a reportagem, só estávamos mostrando a realidade da menina que teve a vida mudada. A que alegou ASSÉDIO cobrou 100 mil pra não falar na TV", disse sobre as acusações de uma assessora.
No fim de 2021, o Conselho de Ética da Câmara realizou três sessões que decidiriam sobre a conduta de Gabriel Monteiro em fiscalizações noturnas pela cidade, além da escolha do relator do processo de quebra de decoro contra Jairinho. O caso só foi debatido em uma terceira sessão.
"O Presidente asseverou que as atividades de fiscalização fazem parte da atividade parlamentar desde que não desrespeitem a lei e nem representem abuso de autoridade, lembrou ainda que a fiscalização noturna é absolutamente inconstitucional, já que viola o direito fundamental do repouso noturno. Unanimemente os membros decidiram por recomendar o vereador para que não abuse de suas prerrogativas", dizia o texto da Ata da sessão.