Adolescente Rhayane Fenelon Melo da Silva, de 13 anos, foi encontrada pela família, após ficar 17 dias desaparecida na Zona Oeste do Rio
Adolescente Rhayane Fenelon Melo da Silva, de 13 anos, foi encontrada pela família, após ficar 17 dias desaparecida na Zona Oeste do Rio Arquivo Pessoal
Por Charles Rodrigues
Após 17 dias de buscas, a menina Rhayane Fenelon Melo da Silva, de 13 anos, foi localizada pela família, na semana passada, em um abrigo público para adolescentes. De acordo com denúncias anônimas, Rhayane teria sido sequestrada por dois homens, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, e levada para um condomínio, em Cosmos, onde, supostamente, foi mantida em cárcere privado.
Conforme familiares, na noite do último dia 19, a menina teria fugido do apartamento pelo buraco do ar condicionado e, ao chegar à rua, foi amparada por uma mulher, ainda não identificada. Ela foi levada ao Conselho Tutelar de Campo Grande e encaminhada ao acolhimento provisório, pois, segundo os conselheiros, estava desorientada e sem documentos.
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Rhayane desapareceu, na manhã do último dia 2 de maio, após sair para comprar um utensílio para o cabelo, em um mercadinho próximo de casa, em Campo Grande. A demora no retorno, porém, chamou atenção da família, que iniciou as buscas na região. A menina teria sido vista pela última vez, embarcando em um carro.
Suspeitos - Os dois homens, acusados de sequestrarem a adolescente já foram identificados e prestaram depoimentos à polícia. As circunstâncias do sumiço estão sendo investigadas pela Delegacia de Descobertas de Paradeiros (DDPA).
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‘O mais importante foi encontrar a minha neta com vida’
Após participar de inúmeras buscas à neta, a dona de casa Jane de Souza Fenelon, de 51 anos, se emocionou ao rever Rhayane. Ela agradeceu à rede de apoiadores e, sobretudo, aos amigos da igreja e familiares, que se mobilizaram para encontrar a adolescente.
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“Foram dias de muito sofrimento. A ausência da minha neta foi dolorosa para toda família. Saímos todos os dias em busca do paradeiro dela. Mas, Graças a Deus, o mais importante foi encontrar a minha neta com vida. Ainda não sabemos o que aconteceu de fato. Se houve algum tipo de crime, a polícia e a justiça farão o trabalho deles. Agradeço a todos que me ajudaram”, disse, emocionada, a avó da menina.
O Conselho Tutelar de Campo Grande informou que está acompanhando o caso e dando apoio à família. A DDPA dará sequência as investigações, fazendo diligências e ouvindo as testemunhas.   
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Desaparecimentos de adolescentes têm maior número de registros, segundo Ministério Público
De acordo com dados do Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (Plid), do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, o desaparecimentos de adolescentes, entre 12 a 17 anos, correspondem a cerca de 29% dos casos registrados, sendo o maior índice relativo no universo da pesquisa, que abrange cerca de 27 mil casos relatados.
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De acordo com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), nos primeiros quatro meses de 2021, ocorreram 1281 desaparecimentos de pessoas, no Estado do Rio de Janeiro. No mesmo período, a Baixada Fluminense registrou o maior número de sumiços, com 381 ocorrências. As Zonas Norte e Oeste do Rio apontaram 321 casos, seguidos da Capital, com 210. As regiões Metropolitana e dos Lagos têm 180 registros, o Sul-Fluminense, 73; o Norte-Fluminense e a Região Serrana, com 72 e 44 casos, respectivamente, registram o menores números de sumiços.