Rio - Eu achava que a maioria das garrafas de vinho contêm 750 ml porque o vidro soprado foi desenvolvido pelos artesãos de Murano, Veneza, no século 17 e essa medida era a maior quantidade de ar soprada continuamente permitida, para evitar que os sopradores sofressem embolia pulmonar. Mas um amigo meu, Ricardo Teixeira, enófilo português de boa cepa, me manda outras variáveis: a) o consumo médio de uma refeição; b) melhor maneabilidade para servir o vinho; c) facilidade de transporte. Mas hoje, como o salto tecnológico, pode-se engarrafar em todos os tamanhos. E, assim, temos a meia garrafa, 375 ml; a padrão, 750 ml, e a magnum, 1,5 lit. Além de outras maiores, de até 12 lit.
Sem esquecer o vinho em taça (150 ml), que permite provar de um, de outro, mais outro. Mas cuidado: nos vinhos, como nos remédios, a diferença entre saúde e veneno está nas doses!
Finalmente: um produtor americano (Mathew Cain) resolveu ser ambientalmente correto e criou embalagens de tetra park para aqueles vinhos de consumo imediato. Ou seja, vinhos que se compra num dia e se bebe naquele mesmo dia. Como nos chamados bag-in-box. Ou seja, e repetindo, o importante é a taça, não a embalagem!
Reinaldo Paes Barreto é consultor de vinhos e gastronomia
