Espetáculo PinóQuio, da Cia. PequodRenato Mangolin

Rio - É uma história clássica: pessoas cheias de maldade querendo se aproveitar da inocência de alguém. Se, no caso, o inocente é uma criança, não tem como não se comover e torcer muito.  E Pinóquio é isso: uma criança sonhadora, mesmo feita de madeira, que vive mil e uma aventuras  e que nunca nos cansamos de acompanhar e torcer por ele. Uma versão musical da história desse carinha de pau está em cartaz na cidade. Desta vez, no Teatro III do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sendo que tem sessões duplas às quartas e sábados. Para quem costuma (ou costumava, antes da pandemia) seguir a cena teatral carioca, é bom destacar que há duas marcas de peso no espetáculo: a produção da Cia PeQuod - Teatro de Animação, dirigida por Miguel Vellinho, e a trilha sonora de Tim Rescala.
"A um só tempo, trata-se de um desafio e um prazer incomuns: realizar sete sessões ao longo de cinco dias da semana do musical 'PinóQuio', um divisor de águas em 21 anos de história da Cia PeQuod. Curiosamente, quando eu era ator do grupo Sobrevento, do qual fui um dos fundadores, vivi maratona parecida atuando no elenco de 'Mozart Moments', sobre os 200 anos de Mozart, quando apresentávamos cenas com bonecos em vários horários por todo o prédio do CCBB", diz Miguel Vellinho. A marca da PeQuod é incluir bonecos em suas apresentações.
A peça é baseada na fábula original sobre o boneco de madeira que sonha em se tornar humano, escrita pelo jornalista italiano Carlo Collodi (1826-1890) e publicada em 1883. O visual dos cenários e figurinos é inspirado nos circos europeus do século XIX. Em cima desse conceito, a atriz e soprano Mona Vilardo e o ator e barítono Santiago Villalba atuam como mestres de cerimônia. O protagonista é interpretado por Liliane Xavier, e Márcio Nascimento faz o pai/criador de Pinóquio, o fofo Gepetto. 
Esticando
Grande parte dos cariocas está voltando a sair da toca, ainda que munido de álcool em gel e máscara, claro. Então, vale a pena 'otimizar' essa ida ao CCBB, com atrações para se aproveitar - antes e depois de PinóQuio... tudo sob um ar condicionado tinindo e uma Confeitaria Colombo a qualquer hora.
Estão em cartaz as exposições 'Ideias: o legado de Giorgio Morandi', com pinturas de um dos protagonistas da arte italiana do século 20; 'A Tensão': instalações do argentino Leandro Erlich. Uma delas causa impacto nos visitantes logo de cara, quando esses entram na rotunda do espaço, com uma piscina (será?) lá instalada; e tem ainda a mostra 'CCBB 30 anos'.
Na quinta-feira estreia o festival 'Um Giro Pelo Mundo – Navegando pelo Cinema Infantil', com longas e curtas produzidos nos cinco continentes e com entrada franca. Toda quarta, ao meio-dia e meia, tem apresentações da consagrada série  'Música no Museu'. Esta semana, a atração é o Trio Marco de Pinna (bandolim), Kevin Shortall (violão) e Diogo Trindade (percussão), com participação especial de Harold Emert (oboé), tocando clássicos de carnaval.
Na quarta-feira estreia, no Teatro I, a peça 'Eu de você', com Denise Fraga; e até o dia 13 de fevereiro, está em cartaz no Teatro II a opereta infanto juvenil 'Iolanta - A princesa de vidro', inspirada na obra de Tchaikovsky. 
Rock? Temos! O festival 'Rock Brasil 40 anos' traz apresentações quinzenais no formato pocket show. Na próxima segunda, às 19h, tem Marcelo Nova, líder do Camisa de Vênus, uma das bandas mais irreverentes dos anos de 1980.
No entorno do CCBB, ainda dá para curtir o Boulevard Olímpico, caminho para outros espaços culturais e de lazer. É para voltar pra casa com a sensação de que o dia foi bem aproveitado!
Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB)
Rua Primeiro de Março, 66 - Centro
PinóQuio - Teatro III do CCBB
Horários: quartas, às 14h30 e 19h; quintas e sextas, às 19h; sábados, às 11h30 e 16h; domingos, às 16h.
*Não haverá apresentação 11 de fevereiro. Em cartaz até  13 de fevereiro
A entrada do público é permitida apenas com apresentação da comprovação de vacinação e uso de máscara.
Programação completa: https://ccbb.com.br/rio-de-janeiro/