Sérgio revelou que teve dificuldade em admitir a internação por se sentir envergonhadoReprodução/RecordTV

O ator Sérgio Hondjakoff, que ficou conhecido por interpretar o personagem Cabeção em "Malhação, da TV Globo, abriu o jogo sobre o tratamento contra o alcoolismo. Em entrevista, oito meses após ter negado estar internado em uma clínica de reabilitação, ele explicou o motivo da decisão.
Sérgio revelou que escondeu a verdade por sentir vergonha. "Buscava um momento de paz comigo mesmo. Se eu ficasse na casa do meu pai, teria vontade de beber de novo... Neguei que estava internado porque fiquei envergonhado com a exposição toda, não soube o que fazer, pensei: 'Vou negar e ver o que acontece'. Queria preservar o meu filho. Só minha mãe, meu pai e a mãe do meu filho sabiam", admitiu ele ao programa "Domingo Espetacular", da Record TV.
O ator comentou, também, o combate ao vício e as dificuldades durante sua caminhada. Segundo ele, o álcool era uma forma de escapar da realidade. "Quando você está fazendo o uso de alguma substância e usando isso como fuga, nos momentos em que você está sóbrio, fica pensando em consumir a droga", desabafou.
Atualmente, a relação de Sérgio com o consumo de álcool está controlada. "Estou em paz, estou tranquilo. No Natal, tomei uma dosezinha de uísque, mas só. Não atrapalhou. É melhor evitar se puder. Quando 'starta' ali, o fim pode ser desastroso, é meio complicado", pontuou. O artista, de 37 anos, já pensa em um futuro de muito sucesso. Ele revelou que sonha em voltar a atuar, "conseguir decorar os textos" e viajar pelo Brasil.
A internação
Durante a conversa, Sérgio deu mais detalhes sobre a clínica onde foi internado. Após uma denúncia de maus-tratos, o local foi fechado pelo Ministério Público e ele contou o que observou lá dentro. "Não vi nenhuma maldade ou irregularidade, o que pude observar são as condições. Não tem como oferecer uma estrutura mais adequada, mais benéfica", relembrou.
O ator também especificou como era a rotina. "Faltavam terapeutas, não tinha funcionários de limpeza, eram condições meio insalubres. Fica uma coisa não tão bacana. Quando acabam as dinâmicas do dia e o cronograma se encerra, é de praxe todo mundo ir pro quarto e ser trancado", contou.