Jonathan Costa, o JonJonDivulgação

Rio - Jonathan Costa comentou o momento que artistas do funk vivem enquanto o gênero segue dominando as paradas brasileiras e fazendo sucesso internacional. O cantor e DJ, que adotou recentemente o nome artístico JonJon, avaliou o crescimento do ritmo e lembrou o preconceito que funkeiros ainda enfrentam na sociedade.
"O funk está crescendo, se tornando cada vez mais profissional. Vemos grandes empresas com faturamento milionário. Através disso temos uma contribuição gigantesca na economia do país, já que geramos emprego e pagamos impostos tanto na PJ (pessoa jurídica) quanto na PF (pessoa física). O funk hoje é um dos maiores movimentos culturais do mundo e um dos produtos brasileiros mais exportados do país. O mundo ama o funk, querem conhecer sobre nossa cultura, nossa raiz", destacou.
Para o artista, o funk segue como uma expressão marginalizada apesar do alcance cada vez maior: "Sofremos muito preconceito porque a matriz, o berço da nossa cultura é periférica, vem da favela e, muitas vezes, nas músicas são retratadas feridas que estão abertas na sociedade que as pessoas preferem fingir que não existem", opinou JonJon.
Com mais de 20 anos de carreira, desde os dias na 'Furacão 2000', Jonathan é sincero ao aconselhar quem pretende se lançar na indústria musical: "Entenda que a música é como qualquer outro comércio. Você tem que cuidar do seu produto (que é a arte) e administrar as possibilidades que são criadas a partir da demanda que ele gera. O seu diferencial está na originalidade, na verdade do seu conteúdo e na maneira que você administra esse faturamento", disse.