Cacau Protásio interpreta a personagem Jussara, mãe de dois filhos e casada com Lima (Paulinho Gogó)Janderson Pires / Divulgação

Rio - Cacau Protásio está de volta às telas do cinema com "Os Farofeiros 2", dirigido por Roberto Santucci e com roteiro de Paulo Cursino, após o sucesso do primeiro filme, que atraiu três milhões de espectadores em 2018. No papel de Jussara, uma mãe carinhosa, Cacau continua a divertir o público. Até o momento, a continuação já acumula mais de um milhão de espectadores em bilheteria.
Na trama, Alexandre (Antônio Fragoso) ganha uma viagem para a Bahia por seu desempenho no trabalho. Ele opta por compartilhar esse prêmio com sua equipe na esperança de conquistar a simpatia dos colegas e, assim, obter sua tão almejada promoção. No entanto, a viagem não sai conforme o planejado, resultando em desafios inesperados, como a travessia de um rio para alcançar a praia desejada. 
Em entrevista, Cacau compartilhou a recepção do filme e revelou detalhes dos bastidores, incluindo histórias pessoais de perrengues em viagens, semelhantes às vividas por sua personagem.
Como é para você a continuação dessa história que o público gostou tanto e quais são as suas expectativas com relação à recepção do público, especialmente no pós-pandemia?
Fazer "Os Farofeiros 2" é maravilhoso. Quando você faz uma continuação do filme, é porque ele deu certo. Graças a Deus. E a minha expectativa é que o segundo dê mais certo ainda. Porque a gente sabe que não é a mesma coisa quando a gente faz o filme 1 e depois vai gravar o 2. Só que a repercussão desse tem sido maravilhosa. Muita gente me para na rua e fala, "Nossa, o filme 2 superou, está melhor". Isso é muito gratificante. Já não vejo a hora de fazer o 3, 4, 5. E quem sabe virar uma série, né?
Como são personagens que vocês já conhecem, você sentiu mais liberdade para participar do processo criativo?
A gente têm muita liberdade para fazer. A gente têm o roteiro, direção, têm muita liberdade para criar, para colocar pitaco, para fazer coisas e para sugerir. O Santucci e o Corsino são muito generosos em relação a isso.
"Os Farofeiros" aborda bastante essa habilidade de se virar em meio às adversidades. Mas e a Cacau? Como manter a calma em meio a isso tudo para não surtar? 
Eu tento sempre resolver, tento sempre fazer com que fique bom. Às vezes, a gente vai para alguns lugares ou viaja ou vai para alguma festa que não é do jeito que você esperou e não alcançou a expectativa. Mas eu faço dar certo, eu faço ficar bom. Já que eu estou ali, vamos embora e vamos curtir. Vamos fazer ficar bom e fazer funcionar. Acho que é sempre importante a gente tentar manter o equilíbrio quando as situações saem do controle ou não são como desejamos. Tento sempre ser gentil e manter o bom o humor.
E os perrengues de viagem da própria Cacau? Tem alguma história interessante que passou pelo Rio de Janeiro ou pelo Brasil que gostaria de compartilhar?
Uma vez eu fui acampar com uma amiga. Eu era adolescente. Minha mãe disse para não ir, mas eu fui como uma boa desobediência da idade e me arrependi amargamente porque não tinha nada. Era uma praia no Rio de Janeiro. Acho que ficava cerca de duas horas da cidade. Não tinha nenhuma estrutura, não era um camping que te oferecia banheiro e cozinha. Não, era no meio da praia e era "viver, vamos embora, ser feliz". Mas eu não fui feliz não. Só água salgada e areia. Nos disseram para usar o mar como banheiro, mas eu simplesmente não sabia como lidar com essa situação.  Eu cheguei lá dez horas da noite, no outro dia, cinco da manhã eu já estava voltando para casa. Arrependi com isso e me prometi: nunca mais eu volto. Nunca mais acampei na minha vida.
O que o público pode esperar do "Farofeiros 2"? Existiu algo nos bastidores que já criou essa inspiração pro 3 já que está confirmado?
Acho que as pessoas podem esperar muita risada, descontração e identificação. No segundo filme, a gente passou por uma situação engraçada, mas ao mesmo tempo parecia filme de suspense. Depois que entramos na van, o elenco inteiro, fomos para o jantar e aconteceram várias coisas. Na volta, a gente foi falando e rindo absurdamente, e já foi criando um roteiro. Foi muito bom, mas aí eu não posso falar, né? Porque vocês vão ter que esperar para assistir "Os Farofeiros 3".
O humor salva?
Nossa, o humor salva muito, salva demais. Os streamings e as comédias ajudaram na pandemia, por exemplo. Eu falo até que eu fiquei mais famosa, porque muita gente fala assim "eu te vi, ri muito com você na pandemia". As pessoas hoje estão indo mais ao cinema, sabe? Nós brasileiros sabemos fazer comédia, só falta você dar oportunidade e ir lá aplaudir a gente. O resultado está aí: um milhão de espectadores em uma semana em cartaz.