João LucasGuilherme da Silva / Divulgação

Rio - João Lucas, de 25 anos, vive um novo momento da carreira depois de migrar do gospel para o pop. O artista lançou o primeiro álbum, com 15 faixas, em que explora as diferentes fases da paixão em uma narrativa contínua, inspirada em histórias pessoais e vivências. Algumas canções, como "Leonina" e "Minuto de Saudade", são dedicadas à mulher, Sasha Meneghel, uma das principais inspirações dele neste trabalho. Disponível em todas as plataformas digitais, o projeto reflete o amadurecimento artístico do cantor, que iniciou a trajetória musical ainda na infância.

- João me fala sobre sua carreira e como tudo começou?

Eu sempre quis ser cantor, é um sonho de infância mesmo. Inclusive, cheguei a participar de um programa de calouros quando era bem pequeno. E hoje finalmente realizo meu sonho. Esse álbum é a coroação de muitos desejos.

- Me explica um pouquinho sobre o conceito do álbum.

O álbum é muito romântico. Eu peguei inspirações do meu próprio relacionamento, que atualmente é uma grande parte da minha vida e o vetor de vários sentimentos, mas também de histórias de amigos. O álbum teve essa pegada de contar diferentes fases de uma paixão, desde o momento que você conhece alguém, até o momento que você se declara, até o momento que você tem certeza que essa pessoa é a certa e por aí vai.

- Como é transformar seus sentimentos em música?

Escrevo minhas canções. Não são todas as pessoas que têm o dom de escrever ou o dom de cantar, mas poder fazer os dois é de fato muito especial. Posso cantar aquilo que de fato eu sinto, acredito e por aí vai.

- Você saiu do gospel para o pop. Apesar disso, continua sendo religioso? Por que abandonou o gospel?

A minha relação particular com a fé não mudou. A decisão de ir para o pop veio por vários motivos, um deles claro é a liberdade que o mercado pop te dá na hora de criar e comunicar suas ideias. Você tem mais liberdade na composição, na produção, da parte visual e essa liberdade também te faz chegar em outros públicos, mais pessoas vão escutando seu trabalho.

- As músicas "Minuto de Saudade" e "Leonina" foram inspirados na Sasha. Como ela influencia seu processo criativo?

Nosso relacionamento foi inspiração de cerca de 80% do disco. Então ela é uma inspiração direta. Quando você compõe sobre a sua vida, é impossível que as pessoas que te rodeiam não participem da sua arte. Não só comigo mas acho que com todas as pessoas que escrevem.

- Como é trabalhar em um projeto artístico enquanto carrega o "peso" de ser genro de Xuxa?

Sou muito honesto em relação à quem eu sou, com quem eu sou relacionado e por aí vai. Não tem como eu esconder e não tenho vergonha disso, muito pelo contrário, tenho muito orgulho da minha mulher, minha sogra e por aí vai.

- Como é equilibrar a vida pessoal e profissional sendo parte de uma família tão famosa?

Somos discretos de forma natural, mas nesse ano em específico tivemos mais destaque por conta dos nossos projetos profissionais. Eu com a música e ela com a moda, inclusive é muito bacana, que os dois estão tendo esse momento de realização de sonhos ao mesmo tempo. Um apoia muito o outro, o sonho de um é o sonho do outro.

- Como lida com as críticas sobre sua música e imagem?

Consigo filtrar bem essa parte do que vem de crítica do meu público e o do que não é. Acho que por ser genro de quem sou, usar as roupas que eu uso, ter vindo do gospel e por aí vai, as vezes meu conteúdo sai da minha bolha e chega em outras pessoas, mas são pessoas que eu não quero alcançar. Usando a questão da imagem, eu não tenho interesse em me comunicar com alguém que faz xingamentos homofóbicos e preconceituosos nas redes sociais.

- Quais os planos para o próximo ano?

Fazer shows, com certeza. Umas das coisas que mais quero fazer é poder pegar essas músicas e performar ao vivo e ter essa troca pessoalmente com o público.