Linn da Quebrada é a 12ª eliminada do BBB 22JOAO COTTA

Rio - Linn da Quebrada foi uma das grandes protagonistas do 'Big Brother Brasil 22', da TV Globo. Dona de um coração enorme, a atriz construiu uma grande amizade com Jessilane e Natália, beijou Maria, que foi expulsa do programa, em uma das festas e arrancou boas risadas dos telespectadores com suas brincadeiras gostosas. No jogo, ela conquistou uma liderança emocionante após passar 17h e 36 minutos em uma prova de resistência, cumpriu por duas vezes o castigo do monstro e recebeu apenas oito votos no confessionário. No entanto, após ser indicada pro Douglas Silva ao paredão, a artista levou a pior na disputa contra Eliezer e Gustavo e foi eliminada com 77,6% dos votos neste domingo. 
Fora da casa mais vigiada do Brasil, Linn reflete sobre sua participação no programa. "Sinto que aprendi muito. Aprendi a jogar jogando. Tinha uma ideia que se mostrou completamente diferente, vivi intensamente todas as coisas dentro da casa: a Xepa, o Vip, as provas e as frustrações diante delas, por não ganhar e, consequentemente, não fazer parte de um grupo que tinha o poder de decisão. Ainda estou digerindo e entendendo o que significam todas essas informações. Entrei como Linn da Quebrada. Uma Linda que brada, que berra, que borda, que burla, que erra, que acerta, que escuta. E dentro da casa eu tive a possibilidade de ser a Lina Pereira. Tive a possibilidade de me humanizar. Sinto que esse foi um aspecto muito importante. Reaprendi a me ouvir e a entender que eu precisava ser generosa comigo também. Eu vinha sendo muito generosa com todas as pessoas ao meu redor, era preciso ser generosa comigo. Tinha momentos em que não sabia o que fazer! Vamos falar a verdade: fui fazer a prova de resistência e saí dez minutos antes do fim. Que palhaçada!", diverte-se. 
Ela ainda admite que sua experiência no reality foi bem diferente do que imaginava. "Entrei achando que fosse me dar muito bem no jogo, que seria boa nas provas, iria ganhar liderança, anjo, e que com isso iria ter o poder de decisão no game. Mas vi que o jogo que fiz estava conectado às relações, era o jogo das relações", comenta a artista, que compartilhou sua história de vida e lutas com os outros participantes. Na atração, Linn deixou claro que era travesti e explicou que gostaria ser chamada no pronome feminino. Apesar de ter tatuado na testa 'Ela', alguns participantes erraram ao tratá-la no masculino. A situação mexeu com a ex-sister. 
"Nesse jogo das relações eu me vi fragilizada em alguns lugares, como no erro de um pronome em um contexto em que eu me via exposta, sem saber necessariamente como lidar porque, de certa forma, me sentia sozinha diante dessas questões. Isso me vulnerabilizava, já que não entendia como era a melhor maneira de agir. Sabia que os erros fazem parte da nossa trajetória e é importante encará-los para que a gente possa ir além deles. Lidava de uma forma leve e isso levava leveza para as outras pessoas diante de mim e dos erros que elas estavam cometendo, mas fazia com que eu carregasse um peso maior diante daquelas questões. A minha forma de atravessar o programa foi um pouco pedagógica em relação a tudo que eu carrego no meu corpo, à história que eu conto e ao que me levava ao programa naquele momento", analisou Linn. 
Sincerona,a atriz não mente ao ser questionada se faria algo diferente no 'BBB'. "Hoje digo que sim. Não teria votado no P.A! (risos) Mas, naquele momento, isso nem se passou pela minha cabeça. Parecia que aquela era a melhor opção para o jogo, enfrentar os embates, por mais que aquilo fosse difícil porque não era algo que eu queria fazer. Talvez, ouvindo um pouco aqui fora sobre o que as pessoas esperavam, eu pudesse ter sido um pouco mais embativa em relação aos erros que me atravessavam. Mas sinto que eu fiz isso da melhor maneira que podia para que também não ficasse excessivamente exposta e me violentasse mais uma vez, exigindo de mim, ali sozinha, uma força para questões que nenhuma outra pessoa entendia ou vivia na pele. Sinto que o modo como eu apresentei as minha dores e os meus incômodos foi em um lugar de “deixa eu te explicar por que eu estou me sentindo assim”. Fiz de uma maneira mais acolhedora do que embativa", analisa.
Torcida
Linn da Quebrada não faz mistério ao revelar para quem vai sua torcida no reality, para ganhar prêmio de R$1,5 milhão. "Adivinha? (risos) Para a Jessilane, muito muito muito! Eu me apaixonei pela Jessi. Ela teve uma trajetória em que se transformou muito na casa, no decorrer do jogo. Ela é extremamente encantadora. Conhecer mais da história dela, ouvi-la falando sobre educação, sobre Biologia, sobre a ciência e ver o modo como ela trata a vida e como ela é empolgada com o jogo, como aquilo é um sonho, me encantou muito. É por isso que minha torcida com certeza vai para ela", frisa.
Ao ser questionada se a amiga tem chances de chegar à final, a cantora opina: "Não sei. Quero acreditar que sim, mais uma vez. Quero acreditar que temos força, sim. Aqui fora, com tudo que eu puder contribuir para que ela se fortaleça lá dentro, contribuirei. Nunca vou ter o jogo como dado porque eu acredito que esse jogo se encerra dentro da casa, mas a disputa de ideias, de como a gente constrói a narrativa, não. O BBB é um processo. A minha história não começa no ‘Big Brother Brasil’ e ela não se encerra nele. O BBB é um trampolim onde eu conto essa história, e ela vai continuar. Por isso, a minha torcida continua sendo para a Jessi e para a Natália. Eu acredito que, mesmo aqui de fora, eu posso continuar torcendo por elas e acreditando que o jogo sempre pode mudar".

Planos futuros
Após deixar o confinamento e conquistar quase 3 milhões de seguidores no Instagram, a atriz e cantora revela quais são seus planos 'pós-BBB'. "Quero fazer de tudo um pouco. Quero entender quais portas vão se abrir para mim, que oportunidades eu posso agarrar, qual será a melhor maneira de desfrutar disso tudo a longo prazo. A Anitta falou comigo, gente, então quem sabe não vem o feat? Já pensou? Estou aí praticamente no “sertransnejo” agora, então quem sabe um feat com a Naiara Azevedo também? (risos) Quero entender o que eu posso cantar, que histórias posso contar. Acho que todo mundo percebeu que eu sou muito apaixonada por conhecer o outro e a outra. A comunicação é não só uma ferramenta como uma arma, que é muito importante ser impunhada. Então tem a possibilidade de ter um programa, de entrevistar pessoas... Um outro sonho que eu tenho há um tempo é o de escrever um livro. Quero muito ter a possibilidade de contar histórias, inventar histórias, ficcionar a realidade. Contar e cantar histórias novas, que ainda não foram imaginadas. Quero um pouco de tudo isso! Tudo que me aparecer, vou olhar com bons olhos".