Por fabio.klotz

Rio - Quarta escola a a se exibir neste domingo de Carnaval, a Estação Primeira de Mangueira levou para a Avenida a diversidade e a beleza das festas regionais do Brasil. No primeiro desfile após a eleição da nova diretoria, a agremiação fez uma apresentação aquém do esperado. O samba-enredo, surpreendemente, não rendeu o que poderia. A harmonia também pecou e o que se viu foi uma Mangueira sem a garra e a vibração habituais.

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Mangueira levou para a Avenida as festas populares do paísFernando Souza / Agência O Dia

A comissão de frente comandada por Carlinhos de Jesus apostou na simplicidade e não trouxe tripé. A opção, no entanto, resultou numa encenação sem impacto. O experiente Carlinhos de Jesus parecia tenso com alguma coisa e passou pela primeira cabine de jurados com semblante fechado.

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O trabalho da carnavalesca Rosa Magalhães apresentou altos e baixos. Se por um lado a Mangueira desfilou com fantasias extremamente bem acabadas e de fácil leitura, por outro pecou em detalhes como ficou evidente no quinto carro. A alegoria, que retratava o festival de Parintins, atravessou o Sambódromo com ferros à mostra.

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Outro problema foi no carro que trazia um enorme pajé. A exemplo do ano passado, a escola se "enrolou" com a torre dos fotógrafos. O pajé "perdeu" a cabeça. Em 2013, a libélula de uma das alegorias teve problema para passar no local fazendo com que a agremiação estourasse o tempo.

Pajé 'perde' a cabeça em carro da MangueiraCarlos Moraes / Agência O Dia

Um dos grandes destaques da Verde e Rosa foi a atuação da bateria de mestre Ailton. Mais uma vez, os ritmistas conseguiram unir a tradição e a ousadia, garantindo um momento apoteótico para o público. O show foi completado com a beleza da rainha Evelyn Bastos, que "sambou" em cima dos ritmistas depois de ser içada por uma estrutura de ferro.

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Evelyn Bastos deu show à frente da bateria da MangueiraFernando Souza / Agência O Dia

Pela primeira vez junto, o casal Raphael e Squel demonstrou total entrosamento. Bastante segura, a dupla dançou de verdade e brilhou.

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Sem vencer desde 2002, a Mangueira não correspondeu às expectativas geradas no pré-Carnaval. Com enredo um pouco batido, a escola fez um desfile morno, sem muitas novidades e não está com seu lugar garantido no desfile das campeãs.

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