Claudinho e Selminha Sorriso, da Beija-Flor - Gabriel Monteiro/ Riotur
Claudinho e Selminha Sorriso, da Beija-FlorGabriel Monteiro/ Riotur
Por TÁBATA UCHÔA

Rio - O "Segundo Encontro Nacional de Mestre-Sala e Porta-Bandeira", promovido por Selminha Sorriso, porta-bandeira da Beija-Flor, vai tomar conta do pátio central da Cidade do Samba Joãozinho Trinta, a partir das 14h, neste sábado. A edição deste ano vai homenagear Maria Helene, ex-porta-bandeira da Imperatriz Leopoldinense. 

Em conversa com O DIA, Selminha Sorriso destacou a importância do encontro. "Este é um evento sem fins lucrativos e totalmente voltado para a cultura. O Dia do Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira é tão importante, e muita gente não conhece a data. É preciso homenagear esses integrantes, que geralmente são pessoas simples, humildes, que se dedicam, defendem 40 pontos da escola, representam o pavilhão da agremiação e não têm medo da responsabilidade. A porta-bandeira conduz e o mestre-sala protege o pavilhão".

O evento contará com mestre-salas e porta-bandeiras de todo o Brasil. "A adesão está muito grande. Pessoas de fora do estado, que amam a tradição do bailado da porta-bandeira, vão participar. Essas pessoas estão querendo salvaguardar essa tradição. Assim como aconteceu ano passado, resolvemos abraçar a causa de novo. Integrantes de quase todas as escolas do Rio de Janeiro já estão confirmados", afirmou Selminha, que ressaltou a importância social do samba. 

"O samba modificou a vida de muitas pessoas, inclusive a minha. O samba tira crianças das ruas, dá educação, cuida dos idosos. Samba é empregabilidade. Nós também geramos emprego, fazemos a nossa parte. Sou muito grata ao samba, à arte da porta-bandeira. Tudo o que eu fizer é pouco perto do que já recebi e ainda recebo. Não digo financeiramente. Estou falando de carinho. Onde vou sou reconhecida. As pessoas me abraçam, pedem beijo. Isso é o samba, essa é a minha arte". 

O "Segundo Encontro Nacional de Mestre-Sala e Porta-Bandeira contará com mesa de debate para exaltar a dança, debater a história e preservar o futuro. "Vamos falar da história e da dança. Os novos casais precisam ver que podemos inovar, mas também temos que manter a tradição para que a dança não se perca com a modernidade. O bonito é o bailado tradicional da porta-bandeira", pontuou. 

Em 2019, Selminha Sorriso fará 30 anos como porta-bandeira e pretende continuar na Avenida por muito tempo. "Peço a Deus que me conceda mais 30 anos como porta-bandeira. Enquanto Deus me der saúde e vida, seguirei na minha Beija-Flor", garantiu.

O evento, segundo Selminha, será um "esquenta" para o Dia Nacional do Samba, que é comemorado em 2 de dezembro. 

Evento acontece neste sábado, a partir das 14h, na Cidade do Samba - Divulgação

 

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