Acadêmicos de Santa Cruz está sem recursos e com ordem de despejo - Alexandre Brum / Agência O Dia
Acadêmicos de Santa Cruz está sem recursos e com ordem de despejoAlexandre Brum / Agência O Dia
Por O Dia

Rio - A Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Lierj) está reivindicando aumento de 168% na subvenção da prefeitura para "para fazer um Carnaval digno". A entidade que reúne as 13 escolas da Série A (acesso ao Grupo Especial) quer do Governo Crivella R$ 8,6 milhões para as agremiações organizarem o desfile de 2019. O valor é o mesmo que a Série A recebeu em 2015. A prefeitura, conforme O DIA revelou com exclusividade, afirmou que vai repassar R$3,250 milhões, o que corresponde a R$ 250 mil por escola.

"Todos os custos aumentam, como materiais, mão de obra, serviços, e a verba vem sendo reduzida ano a ano", reclamou a direção da Lierj, em nota. A situação é dramática para algumas agremiações. Na Unidos de Bangu, escola mais antiga da Zona Oeste do Rio, de 1937, o temor é de que a agremiação simplesmente acabe.

"Acho que se seguir esse rumo, pode ser o último desfile", alerta o diretor de Carnaval e Harmonia da Unidos de Bangu, Jeferson Carlos. Não seria a primeira vez que a escola encerraria as atividades por falta de dinheiro. Em 1998, faliu e voltou a desfilar 15 anos depois, em 2013. Segundo o diretor, faltando dois meses para o desfile, só 40% do carnaval estão prontos. "Como vou contratar mais pessoas se a gente não sabe quanto e nem quando vai receber?", lamentou o sambista. "A essa altura, a gente deveria estar com 98% do trabalho concluído. O problema é que o projeto previa subvenção de R$400 mil", justificou.

A Unidos de Bangu é a primeira a desfilar no sábado (2 de março). Vai levar quatro carros alegóricos e 1,8 mil componentes para a Marquês de Sapucaí. O enredo é 'Do Ventre da Terra, raízes para o mundo', contando a história da batata. A escola de samba Acadêmicos de Santa Cruz está sem recursos e com ordem de despejo.

 

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