Rio - O carnaval de Olinda, como tradição, contou com a presença dos conhecidos bonecos gigantes. Aqueles em homenagem ao presidente Jair Bolsonaro e à primeira-dama, Michele Bolsonaro, foram recebidos por vaias e gritos de guerra.
Pelas ladeiras de Olinda, o percurso do desfile, realizado na manhã desta segunda-feira, trouxe dezenas de bonecos de personalidades das artes, do esporte e da política, como Michael Jackson, Sérgio Moro dentre outros. Por onde passavam, as imagens dos atuais políticos brasileiros recebiam gestos obscenos do público.
Apesar da má aceitação pelo público, a apresentação dos bonecos faz parte da tradição do carnaval pernambucano. Trata-se de um costume do evento homenagear presidentes eleitos, como já feito anteriormente com Lula, Dilma, Michel Temer, Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros, Fernando Collor, Marechal Deodoro, Itamar Franco, Getúlio Vargas e Fernando Henrique Cardoso.
Brincadeira foi autorizada pelo governo
"É uma tradição representar os presidentes. Porque nossa intenção é transformar a história do Brasil em bonecos gigantes", explica o artesão Leandro Castro, que sempre pede autorização dos homenageados.
Neste caso, a brincadeira foi autorizada pelo governo de transição e logo recebeu o aval do presidente, conta Castro, mostrando, com orgulho, o áudio do presidente recebido pelo WhatsApp. "Parabéns pela sua criatividade, externando através de bonecos de personalidades. E você fez a minha também. Meu muito obrigado pelos seus votos de que dê tudo certo no nosso governo "
Castro ainda aproveitou a ocasião para perguntar se poderia completar a homenagem com um boneco de Michelle Bolsonaro. "Não tínhamos a tradição de fazer a primeira-dama, mas pensamos que poderíamos começar com Michelle, porque me impressionou muito a atuação dela na posse de Bolsonaro, com a linguagem de sinais", explicou o artesão, que também não demorou a receber apoio da primeira-dama.