Phelipe Lemos e Dandara Ventapane posam no barracão da União da Ilha. Uma das esculturas do desfile, sobre a favela, é um casal de sambistas
 -  Fotos: Ricardo Cassiano
Phelipe Lemos e Dandara Ventapane posam no barracão da União da Ilha. Uma das esculturas do desfile, sobre a favela, é um casal de sambistas Fotos: Ricardo Cassiano
Por Luana Dandara

Rio - Bailando juntos há cinco anos, o casal de mestre-sala e porta-bandeira Phelipe Lemos, de 30 anos, e Dandara Ventapane, 28, aposta em mudanças na preparação e coreografia para conquistar a pontuação máxima no desfile da União da Ilha no próximo mês. No ano passado, o casal perdeu dois décimos dos jurados do Carnaval.

Segundo Dandara, as justificativas focaram principalmente na fantasia. "Foi o meu melhor desfile e a minha pior nota. Viemos mais caracterizados e os jurados criticaram. Estamos trabalhando em cima das justificativas para tentar equacionar os diferentes fatores e chegar no dez", afirma ela.

Para brilhar no enredo 'Nas encruzilhadas da vida, entre becos, ruas e vielas, a sorte está lançada: salve-se quem puder!' a dupla ensaia quatro vezes na semana com o novo coreógrafo, José Bonifácio Júnior, que tem extensa experiência na folia.

"Sempre tive vontade de trabalhar com ele. Já temos uma identidade que o público e os jurados conhecem, mas vamos trazer novos elementos e desenhos para a coreografia. Ele delira com a gente, vive com intensidade o nosso sonho", elogia Phelipe. "É uma nova proposta", completa a porta-bandeira.

Em relação a fantasia do casal, 'guardada a sete chaves', Dandara acredita que isso não será um problema neste ano. "Novamente, vamos desfilar um pouco caracterizados. Mas os personagens são mais populares, do nosso cotidiano", diz ela.

Casal de mestre-sala e porta-bandeira posa no barracão da União da Ilha. Uma das esculturas do desfile, sobre a favela, é um casal de sambistas - Foto: Ricardo Cassiano/Agencia O Dia

Fora do Carnaval, a porta-bandeira divide o tempo com os cuidados ao filho Dante, de 1 ano, as aulas que ministra de dança de salão e samba no pé, e o projeto 'Canta, canta, minha gente', em que interpreta canções do avô Martinho da Vila. Phelipe, por sua vez, está empreendendo pela primeira vez e gerencia uma lavanderia na Zona Norte.

"Cada ano que passamos juntos é um recomeço. Como dupla, entramos em um nível de maturidade muito bom. Mas cada desfile é diferente", considera o mestre-sala.

 

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