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Segundo Blumberg, as vendas deverão crescer entre 8% e 10% neste carnaval. “É o que acontece todo ano”, explicou. Os acessórios que mais vendem são máscaras e enfeites para cabelo. Eduardo Blumberg afirmou que as vendas já estão aquecidas desde a quinta-feira (23) da semana passada. “Sábado foi excelente. As ruas estão muito cheias”.
O presidente do Polo Saara disse que os blocos de rua ajudam muito a elevar as vendas no período carnavalesco. “O bloco é muito importante porque alguma coisa para o comércio vai fazer. Se o folião não se fantasiar, pelo menos uma bermuda e camiseta vai usar”. Camisetas de blocos como a da Bola Preta já estão sendo ofertadas nas lojas. “O público vem direto”. Blumberg explicou que o Saara “é o maior polo de carnaval do mundo, disparado”.
Comércio de rua
A pesquisa foi feita com 400 lojistas, entre os dias 20 e 27 deste mês. A animação com o movimento nas lojas especializadas se deve, em boa parte, ao grande número de foliões que acompanha os 500 blocos de rua que vão desfilar pelos bairros da cidade. O presidente do CDL Rio, Aldo Gonçalves, acredita que as vendas de produtos para o carnaval devem contribuir para o faturamento do mês de fevereiro. “O que tem colaborado de forma significativa para o aumento das vendas são os blocos de rua, que não exigem fantasias padronizadas”, analisou.
Adereços e fantasias, tecidos, bermudas, shorts, moda praia, camisetas, além de sandálias, chinelos e tênis são os produtos mais vendidos até o momento. O preço médio das compras está em torno de R$ 100.
Em outra loja, Beatriz Nascimento preferiu os acessórios, com muito glitter (purpurina). Ela disse ter gostado muito também das saias de tule, mas ainda não decidiu em qual bloco vai pular. “Estamos preparando a agenda ainda”, disse, rindo. Os enfeites de cabeça, como arcos de unicórnio, sereia, Minnie têm tido boa saída, segundo os lojistas. Em relação às máscaras, Beatriz teme que devido ao sol quente que faz no Rio nessa época, seu rosto pode ficar marcado. Por isso, decidiu deixar as máscaras para uma outra ocasião.
E quem pensa que os homens não ligam muito para fantasias de carnaval está enganado. Diego Barbieri é prova disso. Ele e mais dois amigos foram hoje ao Saara procurando fantasias e acessórios carnavalescos para uma festa temática que farão no próximo domingo (2 de fevereiro), no bar que vão inaugurar em Campo Grande, zona oeste do Rio. Barbieri disse que estavam atrás de “barba, cabelo, peruca, para uma festa mais retrô”. Todos os funcionários do bar vão participar da festa, que terá uma roda de samba, além de carnaval, é claro.
Sambódromo
A Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) vai enviar, ainda esta semana, lista de fornecedores para que a Vigilância Sanitária defina o planejamento das inspeções prévias da Operação Carnaval na Marquês de Sapucaí. A informação é do diretor Comercial da Liesa, Hélio Motta. A operação foi iniciada no último dia 21, em comércios da região central do Rio de Janeiro, e resultou em 18 infrações, cinco quilos de produtos impróprios para consumo descartados e emissão de 25 termos de intimidação com exigências a serem cumpridas em prazos determinados pela Subvisa.
O superintendente de Educação da Subvisa, Flávio Graça, afirmou que as ações efetuadas no carnaval do ano passado resultaram em reduções expressivas. O descarte de alimentos, por exemplo, caiu 176% (de 138 quilos em 2018, para 50 quilos, em 2019). As infrações também diminuíram 23% (de 73 para 59, na mesma comparação). “Mas nosso maior ganho foi na redução dos riscos de alimentos consumidos. Em 2018, das 84 amostras coletadas para análise, 28 (35%) deram resultados insatisfatórios. Em 2019, das 61 amostras coletadas, apenas três (5%) foram insatisfatórias, uma diminuição de 30% em relação a 2018”.