Integrantes da Escola de Samba Império Serrano, durante desfile do Grupo Especial no Sambódromo da Marquês de Sapucaí  - Mauricio Pingo/Parceiro/Agência O Dia
Integrantes da Escola de Samba Império Serrano, durante desfile do Grupo Especial no Sambódromo da Marquês de Sapucaí Mauricio Pingo/Parceiro/Agência O Dia
Por Gustavo Monteiro

O empoderamento feminino dará o tom do desfile do Império Serrano, última escola a desfilar na Sexta-feira de Carnaval, 21 de fevereiro, na Série A. Tanto que vai prestar homenagem a mulheres marcantes na história da agremiação, como as fundadoras Tia Eulália e Maria do Jongo, o primeiro destaque em fantasias de luxo, Olegária, a ex-presidente Neide Coimbra, a atual presidente Vera Lucia Correa, e as sambistas Ivone Lara e Jovelina Pérola Negra.

Além delas, o enredo da Verde e Branca de Madureira vai lembrar ainda outras figuras emblemáticas no Brasil. Entre elas, a militar Maria Quitéria, a psiquiatra Nise da Silveira, a cantora Carmem Miranda, a atriz Dercy Gonçalves e a jogadora de futebol Marta.

Estreante na escola, o carnavalesco Junior Pernambucano revela como surgiu a ideia. "O empoderamento feminino é um tema atual e está muito presente nas nossas vidas. Vamos homenagear grandes mulheres que fizeram ou fazem parte da história do Império", avisa.

Entre os 1.600 componentes, distribuídos em 23 alas e 4 carros alegóricos, muitas mulheres irão brilhar. Hoje é possível conhecer quatro delas. Conheça as poderosas!

Aos 72 anos, Vera Lucia tem uma ligação antiga com o Império Serrano. Começou a frequentar o Morro da Serrinha, em Madureira, ainda criança. "Depois da minha família, o Império é o que eu mais amo", conta a dirigente, que está terminando o segundo mandato. "É um momento muito importante, me sinto honrada", vibra. - LUIZ EDUARDO

Primeira mulher a comandar, sozinha, a bateria do Mestre Gilmar em um ensaio, a professora de Literatura, de 38 anos, conhecida como Gaúcha, é a diretora da ala de chocalhos, posto que conquistou há seis anos, depois de muita dedicação como ritmista. - DIVULGAÇÃO

Raquel, 75 anos, desfila no Império desde 1972. "Só falhei em 1974 porque minha filha nasceu uma semana antes do Carnaval". Ela já cuidou da ala das crianças por 13 anos e tocou na bateria outros 11. "Muito oportuno num momento em que as mulheres estão tendo visibilidade nas escolas de samba", diz sobre o enredo. - DIVULGAÇÃO

Verônica Lima, 37 anos, entrou para o mundo do Carnaval com 9 anos, como porta-bandeira mirim na Grande Rio. Há dois anos, ela foi convidada para desfilar no Império. "É muito importante o enredo, estamos vivendo uma época em que ainda somos ameaçadas, sofremos abusos e somos vítimas de feminicídio todo o tempo", avalia. - DIVULGAÇÃO

 

Você pode gostar
Comentários