Bloco das Carmelitas - Gilvan de Souza
Bloco das CarmelitasGilvan de Souza
Por Felipe Gavino*

Nem só de diversão e samba no pé é feito o Carnaval do Rio. A festa é também uma excelente oportunidade para empreender e, é claro, ganhar um dinheirinho extra. Não à toa, muitos foliões, além de curtirem os blocos espalhados pela cidade, têm se virado nos trinta e oferecido uma gama variada de produtos e serviços. Há desde vendedores de batidas caseiras e sanduíches veganos a borrifadoras de purpurina, entre outros.

Os pequenos empreendedores, aliás, são facilmente reconhecidos. E não foi diferente, ontem, no desfile do Bloco Bangalafumenga, no Aterro do Flamengo. Arthur Costa, por exemplo, levou uma novidade para o Carnaval carioca — o gincolé. Trata-se de um sacolé de gin nos sabores limão siciliano com hibisco e limão taiti com hortelã ou alecrim. Segundo o advogado de 28 anos, é importante se adaptar ao que está na moda no momento para fazer dinheiro na festa. "Em 2018, a bebida da moda era a catuaba. Ano passado foi a corote. Neste ano é o gin", conta.

Já Caetano do Engenho tem aproveitado o Carnaval para vender, junto com o filho Diogo, batidas artesanais. A bebida é oferecida nos sabores pêssego, limão, uva, abacaxi e manga. Além disso, a dupla disponibiliza copos de tamanhos variados para atender à sede de todos os foliões. E Caetano revela que a batida tem feito bastante sucesso. "A gente tem vendido cerca de 24 litros por dia", comemora.

Não muito distante da dupla, a estudante Ananda Neves, de 20 anos, leva como opção para os blocos um lanche vegano. Segundo ela, é o mesmo hambúrguer que ela vende durante todo o ano na faculdade. Ela, contudo, admite que durante os dias de folia, as vendas aumentam consideravelmente. "O Carnaval é quando eu consigo faturar além do que eu costumo ganhar por mês", compara.

Outro folião que trabalha no ramo de bebidas é Thiago Collares, que percorre os mais diferentes blocos da cidade para oferecer o drinque Refil da Alegria — é vendido em diversos sabores, entre eles limão e mate. "Se a gente vender os 90 litros de bebida que trazemos pro bloco, conseguimos fazer em um só dia R$ 1,8 mil", entrega ele.

*Estagiário sob supervisão de Luiz Almeida 

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