
A geógrafa Thais Nunes, de 30 anos, que acompanha o Filhotes Famintos pelo segundo ano, diz que escolheu o bloco por preferir uma festa menos tumultuada. "Gosto desse bloco porque toca música de qualidade e não fica muito cheio, então dá para curtir bastante. Por não ser tão divulgado, vem pouca gente e quem vem consegue curtir sem preocupação", afirmou a geógrafa.
Pela primeira vez no Filhotes Famintos, a enfermeira Mariama Belo, 31, já pensa nas próximas edições do bloco. "Nunca tinha vindo, mas meus amigos sempre falaram muito bem, e realmente é muito bom, muito tranquilo e com certeza vou voltar nos próximos anos."
Durante a festa, foliãs falaram sobre a importância das campanhas contra assédio e importunação sexual no Carnaval. "Eu fiquei impressionada, porque esse ano eu fui para os blocos com uma roupa bem curta, mas não fui assediada nenhuma vez. Acredito que os homens estão ficando mais conscientes e as campanhas ajudam com isso", completou a engenheira química, Luísa Rezende.
Mas, algumas mulheres ainda enfrentaram situações desconfortáveis durante a folia, como a estudante Maria Clara Brant, de 18, anos, que curtiu o bloco com o adesivo "Não É Não" no corpo. "Eu acho que deu uma melhorada com as campanhas, mas ainda precisa mudar muita coisa. Nesse Carnaval tive que dizer muito não e me afastar de algumas pessoas, para evitar importunação. Mas, a expectativa é que vá melhorando com o tempo."