Nadine (E), mãe de Neymar, Glenda, Vera, mãe de Gabriel Jesus, e Ane, mãe de Fernandinho, na Rússia - Divulgação
Nadine (E), mãe de Neymar, Glenda, Vera, mãe de Gabriel Jesus, e Ane, mãe de Fernandinho, na RússiaDivulgação
Por BRUNNA CONDINI

Rio - Faltam 40 dias para a Copa do Mundo, mas as mães de três craques brasileiros já desembarcaram na Rússia e conferiram todos os detalhes do país de história e cultura tão ricas, mas com uma realidade tão distante da nossa. As aventuras e emoções de Nadine, Vera e Ane, as mães de Neymar, Gabriel Jesus e Fernandinho, respectivamente, vão ao ar em 'As Matrioskas', a partir de hoje, às 15h, na Globo, com apresentação de Glenda Kozlowski.

"Em uma época em que se discute muito o papel da mulher na sociedade, vamos acompanhar três exemplos muito bonitos e aprender bastante com elas", diz a apresentadora.

"Passeamos e descobrimos a Rússia, um país que é um lugar incrível. Me surpreendi em ver como, de certa forma, os russos também se parecem com os brasileiros. E eu, que perdi a minha mãe muito jovem, me envolvi com elas o tempo inteiro. Brinco dizendo que ganhei três mães", conta.

O programa foi gravado em 14 dias e dividido em seis episódios. A série passeia pelos principais cartões postais da Rússia, mostrando, também, um pouco da gastronomia, da cultura e do futebol. O nome do programa é uma menção às bonequinhas que são o símbolo russo de maternidade, fertilidade, amor e amizade.

Glenda comenta sobre os ensinamentos que leva das 'suas matrioskas'. "Aprendi que, mesmo quando o dia está muito cinza, tudo dando errado, é quando temos que ter mais fé e certeza de que tudo vai dar mais certo ainda. E que quando as coisas dão certo é quando temos que ser mais generosos e pacientes com as pessoas ao nosso redor. Aprendi que amor incondicional é todo dia e que a felicidade está nas pequenas conquistas, nos encontros e até mesmo nos desencontros", revela, inspirada.

Além de assistir a um clássico do futebol russo em um frio de zero grau, as mães se emocionaram ao entrar no imponente estádio Luzhniki, em Moscou, palco da abertura e do encerramento da Copa.

"Acho que foi quando vi as três se emocionarem muito, ao mesmo tempo. Primeiro, pela sua história, foi o estádio olímpico, da Olimpíada de 1980", pondera. "Acho que elas se emocionaram muito quando entraram no estádio e perceberam a grandiosidade que pode vir a acontecer na vida dos filhos delas. Caso o Brasil chegue na final da Copa, o jogo será lá. Então, quando elas voltarem a pisar naquele estádio, pode ser em um momento muito histórico para as três".

A repórter carioca recorda em detalhes o momento que mais a comoveu. "A Nadine se emocionou bastante lembrando da contusão do Neymar, de toda dificuldade, de tudo o que aconteceu com ele na última Copa. A Vera ficou extremamente emocionada porque é a primeira do Gabriel. E a Ane também se emocionou porque essa será a última Copa do Fernandinho. Então, ela sabe que ali pode ser o ponto final para uma história linda dele com a seleção brasileira", diz.

MÃE URSA

A jornalista vai ancorar o 'Hora 1' e o 'Jornal da Globo', direto da Rússia, sempre de onde a seleção brasileira estiver. A mãe de Gabriel, 22 anos, e Eduardo, 12, revela que fazer o programa mexeu muito com ela. "Perdi minha mãe aos 21 anos. Estava grávida do meu filho mais velho. Enquanto a barriga crescia, minha mãe ia embora. Ela faleceu em sete meses de câncer. Foi muito rápido. Muito difícil. Minha mãe era meu norte, meu pilar", lembra. "Me senti abraçada por elas! Pra mim, além da experiência profissional, do desafio de fazer um programa assim, foi também uma experiência pessoal enriquecedora".

E ela fala da própria maternidade. "Sou uma mãe ursa. Mas gosto de criar meus filhos para o mundo. Assim fui criada, assim cuido deles. Sou amiga, companheira, não sou dramática. Sou muito prática na educação dos meus filhos".

Tem esperança no hexa?

"Acho que o Brasil tem uma chance enorme de ser hexacampeão. O Tite resgatou não só o bom futebol, mas resgatou a identidade de uma seleção, a identidade de um time que virou chacota mundial. Temos novamente uma seleção brasileira com 22 jogadores. E não a seleção de fulano ou sicrano. Vamos pra Rússia com a seleção brasileira e todos os seus jogadores talentosos. Talentos nós temos, e agora com a confiança e o respeito de volta, temos muita chance de levar o título", diz.

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