Felipe e Dayse Lontra: proprietários da Naiah Moda Plus Size - Divulgação
Felipe e Dayse Lontra: proprietários da Naiah Moda Plus SizeDivulgação
Por BRUNNA CONDINI

Rio - Um filho percebe a dificuldade que a mãe tem para encontrar roupas e decide criar uma marca com looks inspirados nela. Por amor, foi assim que nasceu a Naiah Moda Plus Size, idealizada por Felipe Lontra para a mãe Dayse.

"Desde muito pequeno, via que isso fazia mal a ela. Mais velho, quando queria presenteá-la, nunca conseguia dar roupas. Eram sempre livros, CDs, acessórios... Ela mesma sempre dizia que queria abrir uma loja para mulheres gordinhas, mas nunca foi do ramo dos negócios", conta Felipe.

Pensando na necessidade da própria mãe e de tantas outras mulheres, o empresário foi a campo, fez uma pesquisa mercadológica e abriu o empreendimento com vendas online há dois anos. "Existia de fato um mercado grande e mal atendido de mulheres com manequim maior do que as marcas costumam trabalhar. Empreender neste mercado é lembrar que a beleza de cada mulher não cabe num padrão", diz.

"Minha mãe é inspiração de todas as formas. Tanto no desenvolvimento de peças, quanto no acompanhamento, já que está nas feiras com a equipe e é grande conselheira nos momentos de tomada de decisões", completa.

Dayse comenta a importância da iniciativa do filho. "O mais legal é saber que ele está fazendo um trabalho que vai melhorar a autoestima de muita gente", diz ela. "Mulheres que têm as mesmas questões acabam vindo conversar comigo, e falo da loja".

MERCADO EM EXPANSÃO

Ricardo Veríssimo, especialista em empreendedorismo, afirma que o mercado plus size oferece ainda hoje muitas oportunidades para quem deseja empreender.

"É carente, forte e louco por novidades. O IEMI (Inteligência de Mercado) fez um estudo sobre mercado potencial de Moda Plus Size 2017, e mostrou que 30,4% das fabricantes de moda feminina e 19,8% da moda masculina já incluem em sua linha de produção o plus size. Dados apresentados pela Abravest em 2016 apontaram que o mercado cresce 6% ao ano e movimenta R$ 5 bilhões", esclarece. "Isso mostra que as pessoas não querem mais se adequar aos produtos, elas querem produtos feitos para elas. Você vai trabalhar com um público que se aceita e se ama como é. Então, entenda o que ele quer", finaliza.

Você pode gostar
Comentários