Pilar, Giulia e Layla: o feminino à frente das marcas - Samyta Nunes
Pilar, Giulia e Layla: o feminino à frente das marcasSamyta Nunes
Por BRUNNA CONDINI

Rio - Mulheres jovens, empoderadas e que estão trazendo a presença do feminino para as suas campanhas e ações. Estamos falando da diretora de criação Giulia Nasseh, que traz frescor para a Armadillo, marca de roupa masculina criada por seu pai, Ricardo Nasseh. E das primas Layla e Pilar Feldman, integrantes da nova geração da Afgahn, no marketing e no e-commerce, respectivamente.

Aos 22 anos, Giulia conta que seu objetivo é modernizar a empresa em todos os aspectos possíveis. "Fazemos questão de nos meter em todas as áreas onde vemos possibilidades de melhorias, desde a decoração do escritório até a experiência de compra", diz.

"A Armadillo foi criada no ano em que eu nasci, 1995, isso sempre foi muito simbólico pra mim. Sempre frequentei o escritório, a fábrica e as lojas com meu pai, desde de pequenininha mesmo. Ele é muito apaixonado pelo que faz, então a marca fazia muito parte do nosso dia a dia, até em casa", acrescenta ela, que integra a equipe há três anos.

A diretora de criação criou o movimento 'Elas também usam', mostrando que a grife da família, que originalmente veste homens, também faz peças que podem vesti-las. "Na verdade, não criamos uma coleção específica. Eu mesma uso muitas roupas da loja. Então, desde que entrei, passamos a trazer mulheres para fotografar nas nossas campanhas. A ideia é mostrar que 'elas também usam', assim como eu", esclarece.

Giulia não descarta ter uma marca própria. "Mas no momento, acredito muito no potencial da Armadillo e acho que posso contribuir bastante no crescimento e amadurecimento da marca. Quando sentir que a minha missão foi cumprida lá, pensarei em abrir alguma coisa", diz.

E completa: "A visão feminina na moda é essencial. Gosto de trabalhar em uma marca masculina e usar a oportunidade de estar me comunicando, principalmente com homens, para reforçar comportamentos positivos. É sutil, mas acredito que é assim que podemos mudar hábitos e enfraquecer estereótipos".

NOVA GERAÇÃO

Layla, 29 anos, e Pilar Feldman, 25, trazem para a Afgahn o olhar novo e a visão conectada com o momento atual.

"A Afghan faz moda para uma mulher que é empoderada e segura de si. Aquela que sabe o que quer e briga por isso. Que é autêntica e, ao mesmo tempo, segue as tendências. Que é forte, superfeminina e sensual. É livre e faz suas escolhas muito à vontade e quer ver o lado alegre da vida", define Laila.

Ao lado da prima no empreendimento que existe há 29 anos, Pilar conta que existe um movimento por lá de agregar cada vez mais mulheres nas funções, para fortalecer e conquistar espaços no mercado.

"Inclusive, quando buscamos parceiros para ações de cobranding, procuramos primeiro por mulheres, justamente para construirmos juntas, agregar valor ao nosso trabalho e nos empoderarmos", explica Pilar. "Por exemplo, fizemos uma ação de dia dos namorados em que a Dani Santos do @exageradasim criou um poema e a @marquesthalita fez ele virar uma arte visual com seu lettering, e transformamos em uma blusa linda que chega às lojas hoje", anuncia.

Laila salienta ainda a mensagem da atual coleção, em total sintonia com o lema de união do feminino. "Nomeamos todas as estampas da nossa coleção vigente com o nome das funcionárias como forma de homenagem. Elas também já foram clicadas para uma campanha da marca em uma coleção em que falávamos de sororidade".

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