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Por Brunna Condinni

Rio - Suzana Alves, ex-Tiazinha, se prepara para a sua volta como atriz à televisão. Ela vai viver a personagem Laila na nova minissérie da Record, 'Lia', que estreia na próxima terça-feira.

"Vamos entrar no horário de 'Apocalipse'. A Laila é uma mulher dura, que sofre com o comportamento rude do marido, Labão (Theo Becker), e trata mal a enteada, Lia (Bruna Pazinato)", comenta Suzana, sobre a nova produção bíblica da emissora, que contará a história de Lia e Raquel, esposas de Jacó.

"Defendo minhas personagens sempre. Se você não acreditar, ninguém acredita. Apesar da Laila ter o lado da maldade, é sofrida. Tentei humanizá-la. Minha construção foi voltada pra abraçar essa personagem como um ser verdadeiro. Ela termina a trama de outra forma".

FILHO DA FELICIDADE

Aos 39 anos, ela é mãe de Benjamin, de 2, e conta que tem ficado com o pequeno no Rio durante as gravações. "Vim de mala e cuia. Com a minha mãe e o filhote pra poder trabalhar tranquila", diz sobre a nova rotina de seu filho, fruto do casamento com Flavio Saretta.

Suzana avalia a transformação que a maternidade impulsionou na sua vida. "Nasci de novo. Não conhecia esse amor que vivo hoje, o verdadeiro sentido", define.

Neste momento da entrevista (realizada por telefone), Benjamin, que estava brincando num parquinho, traz uma flor pra ela. "Olha isso! Ele é muito sensível. Ben aguçou minha sensibilidade e trouxe juventude pra mim. Aquele espírito revolucionário. Essa vontade de mudar as coisas, pro mundo ser melhor", derrete-se.

Ela revela que já tinha tentado ter um filho antes, mas perdeu. "O significado do nome dele veio a calhar: filho amado, filho da felicidade. Ele é um menino seguro. E isso é muito de mim. Desde criança, eu já sabia o que queria. Quando parou de mamar, foi decisão dele, não tirei. É muito bonito ver isso na personalidade de uma criança tão cedo".

A paulista revela que ainda tem vontade de ver a família crescer. "Teríamos outro, mas vamos ver o que Deus tem pra nós. Quero deixar se encaminhar, já tenho o meu Ben. Só quero agradecer".

TRAJETÓRIA REINVENTADA

Suzana gosta mesmo de significados. E esclarece também o do seu nome. "A tradução é flor de lírio. Ele nasce da lama e se transforma numa flor cheirosa, linda. Acredito nisso, apesar das dificuldades, penso que devemos tentar florir, renascer sempre", diz.

Celebrando 25 anos de carreira, ela, que começou no teatro aos 13, hoje analisa com maturidade o fenômeno que foi sua personagem dos anos 1990, a Tiazinha.

"Trabalhava como modelo de comerciais e depois de alguns anos compus a Tiazinha. Ali foi mesmo minha composição cênica. Um programa que ninguém conhecia ('Programa H', com Luciano Huck, na Band) e fez um boom no Brasil todo", lembra. "Depois disso, quis voltar a fazer teatro. Trabalhei com Grupo Tapa, Antunes Filho, Juca de Oliveira, Antonio Abujamra. Fui me encontrar de novo como atriz. Era um sonho viver da profissão. E depois do Ben, quis voltar também pra carreira de atriz em TV".

E ela encerra o assunto afirmando não ter ingratidão pela criação e a experiência vivida. "Hoje, posso falar com esse distanciamento. Na época, tinha só 18, 19 anos. Tive que parar faculdade, andar com segurança. Não tinha vida própria, liberdade, aquilo me sufocava. Voltei pra minha essência. Podia dar essa entrevista pra você agora frustrada, sem ter tomado o caminho que queria. Fui me reinventar. Hoje, as pessoas respeitam minha história. Entendem que quem deu vida à Tiazinha foi a Suzana".

LIVRO

A atriz também está produzindo no teatro a peça 'A Farsa da Boa Preguiça', de Ariano Suassuna, e foi escalada para sua primeira protagonista num longa. Além disso, vai estrear como autora este ano, escrevendo sobre gravidez e contando sua experiência.

"Vou falar da minha dificuldade para engravidar. O livro é um alerta para as mulheres que querem primeiro seguir carreira e deixam para ter filhos só mais tarde", revela. "Claro que é só para as mulheres que desejam a maternidade assim. Uma espécie de guia pra não perder o timing", conclui.

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