Claudia Lisboa - Marcelo Tabach
Claudia LisboaMarcelo Tabach
Por BRUNNA CONDINI

Rio - Claudia Lisboa, astróloga e professora, com milhares de fiéis seguidores nas redes sociais e no YouTube, lança 'A Luz e a Sombra dos 12 Signos Histórias e Interpretações Que Ajudam a Compreender a Força dos Astros'. Com sua experiência e o auxílio de histórias reais, ela faz um guia para quem deseja aprender mais sobre si mesmo e sobre as outras pessoas.

O DIA: No livro, você diz que os signos não têm 'lado bom' e 'lado ruim'. Apenas a luz e a sombra. O que significa exatamente isso? Como essa consciência pode ajudar as pessoas a viverem melhor?

CLAUDIA: Quando o Sol - responsável pela posição do nosso signo - ilumina no momento do nosso nascimento um signo, ele também projeta uma sombra no signo que, ao mesmo tempo, é o seu oposto e complementar. O que aprendi é que não existem qualidades e defeitos, mas pura potência. O interessante é constatar que aquelas atribuições consideradas negativas de um signo são, na verdade, a falta do domínio da força do signo oposto. Portanto, quando nós desenvolvemos e aprendemos a lidar com essa potência, estaremos muito mais equilibrados, seja com a gente mesmo, seja com os outros ou mesmo com o mundo ao redor.

Como é o livro? Tem ficção? Como você exemplifica a sombra e a luz dos signos?

É um misto da minha visão sobre a potência dos signos com o relato das histórias contadas pelos meus alunos e amigos de toda uma vida. No final de cada capítulo, conto como são as pessoas da minha família, desde meus avós, passando pelos meus pais, irmãos, filhas, netos, marido e enteados. No fundo, é um pouco autobiográfico também.

Como surgiu a ideia?

O Guilherme Samora, meu querido amigo desde que o conheci, quando minha filha Mel Lisboa representou a Rita Lee nos palcos, é editor da Globo Livros. E me convidou para escrever um livro pop de astrologia. Foi um desafio para mim. Como conto no livro, cheguei à conclusão de que pop é viver! Aceitei o convite e parti para realizar o desafio de unir profundidade e linguagem que pudesse atingir todas as pessoas que se interessam por astrologia e, quem sabe, a partir dessa leitura, despertar o interesse em quem não conhece ou mesmo não acredita nesse saber milenar.

Com seus 40 anos como astróloga, já viu o país e o mundo antes assim? Com tanta intolerância, extremos...

O aspecto que astrologicamente representa a crise mundial que atualmente atravessamos, que começou em 2008 e se estende até o momento de agora, ocorre em aproximadamente cada 40 anos. Ou seja, a última passagem dessa configuração se deu em torno da década de 60/70. Esse também foi um período de extremos, basta lembrar a implantação de ditaduras e também da guerra fria.

De que forma a astrologia pode auxiliar para que relacionamentos sejam harmônicos? Um mapa astrológico pode ser um guia?

Na medida em que podemos compreender melhor o que o outro é, sua potência e sua sombra, saberemos igualmente acolhê-lo. Esse é um dos melhores caminhos para que possamos criar harmonia com as pessoas com as quais nos relacionamos. Costumo dizer que o mapa de nascimento é semelhante a um GPS: ele nos dá indicações dos caminhos disponíveis e, de posse do livre exercício da vontade, podemos escolher mais conscientemente o que melhor nos convém. Não existe um melhor momento para fazer um mapa. Sugiro que a pessoa primeiro faça uma leitura do seu mapa de nascimento seguido, anualmente, pela interpretação das tendências atuais e futuras.

O livro tem texto de orelha do músico e compositor Roberto de Carvalho, que é um estudioso do tema. Como o conheceu?

Conheci Roberto em 1990, num congresso de astrologia na FAAP, em São Paulo. Nos tornamos muito próximos e, durante muitos anos, conversávamos profundamente sobre astrologia e sobre a vida nos nossos encontros quando a família Lee/Carvalho fazia seus mapas anualmente comigo. Não pensei duas vezes! É o Roberto que quero para escrever a orelha do meu livro. Convidei, e ele prontamente aceitou. Fiquei emocionada com a generosidade do seu texto. Só tenho a agradecer a esse amigo da vida e companheiro desse saber, paixão de nós dois.

Quando a 'luz' de um signo está em alta? Podemos dizer isso?

Nunca pensei nessa expressão, mas podemos dizer que é válida. Significaria, ao meu ver, que estamos de posse legítima da força do signo que nos foi destinado ser.

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