Segundo a psicóloga jurídica Flávia Gallo, há uma tendência crescente em se resolver processos por meio de acordos, frutos de mediação ou conciliação. "Nesse momento de pandemia e de quebra de paradigmas, nem todo processo precisa ser resolvido judicialmente. O que a mediação faz é encontrar um caminho para questões que muitas vezes estão sem solução por falta de comunicação entre as partes. A mediação evita longos processos, preserva os relacionamentos e além disso valoriza o currículo do mediador independente da função e do curso que ele esteja fazendo", afirma.
Para ser um profissional no ramo de mediação, não é necessário ser da área do Direito. Estudantes de qualquer segmento podem desempenhar a função, mas a profissionalização é essencial. Recomenda-se um curso específico na área. "A pessoa capacitada em mediação pode ser uma mediadora extrajudicial, atuando em diversas áreas. Ela é contratada de forma espontânea pelas partes para ajudar na solução de conflitos. O mediador utiliza técnicas para facilitar o diálogo entre as partes, e estratégias de negociação com foco na solução que favoreça a todos", aponta Flávia.
Ana Kayuca é responsável pelo curso "Formação e Capacitação em Mediação de Conflitos" que está com inscrições abertas e tem início na próxima segunda-feira (19). O curso 100% online tem duração de dois meses e é voltado para todas as áreas de atuação do mercado de trabalho. Os interessados no curso da Câmara Equilibre ainda podem se inscrever pelo e-mail contato@equilibregc.com.br ou pelo WhatsApp (21) 98864-1913.
"É uma profissão nova, que está crescendo no Brasil, e é uma excelente oportunidade para quem quer redirecionar sua carreira, pois existe um mercado em expansão. Além disso, a mediação é uma competência que contribui no dia a dia de diversas profissões que lidam com conflitos e é um diferencial para qualquer profissional", pontua Ana.
Para o especialista em mediação e arbitragem, Adolfo Braga Neto, que também participou do evento os novos profissionais são engajados, querem e podem mudar o mundo, criar pontes. "Além disso, os que já ocupam o mercado de trabalho e pretendem ampliar seu campo de atuação, podem também buscar esses rumos e se adequarem a essas novas demandas. A inovação não é exclusividade dos jovens, ela apenas representa a mudança que qualquer pessoa, empresa ou instituição pode implementar", afirma.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.