Cabo Daciolo foi anunciado como candidato ao Senado na noite de sexta (5)Alex Ferreira/Câmara dos Deputados

O PDT oficializou na noite da última sexta-feira (5) a candidatura do Cabo Daciolo ao Senado no Rio de Janeiro. O ex-deputado fará parte da chapa majoritária da sigla com Rodrigo Neves, candidato ao governo do estado, e com seu vice, Felipe Santa Cruz (PSD).
Daciolo estava disputando a cadeira no Senado pelo Rio de Janeiro com babalaô Ivanir dos Santos. O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, chegou a propor um mandato compartilhado, para solucionar o impasse, mas sem consenso sobre quem seria o cabeça de chapa, no entanto, o acordo não avançou.
Em 2018, Cabo Daciolo concorreu à Presidência da República pelo Patriota e terminou a eleição em sexto lugar, com 1,26% dos votos válidos, cerca de 1,35 milhões. Na campanha, Daciolo protagonizou um famoso diálogo que marcou um dos debates da corrida presidencial. Daciolo acusou Ciro de ser um dos idealizadores do plano "Ursal", que determinaria uma junção socialista na América Latina.
Em sua filiação ao PDT, o ex-deputado federal disse que sentiu algo "sobrenatural" depois de um encontro com Ciro Gomes, candidato a presidente pelo PDT, no Ceará. "O espírito santo começou a me incomodar para ir orar com Ciro", disse. Dessa forma, Daciolo desistiu da pré-candidatura à Presidência da República no ano passado e declarou apoio a Ciro Gomes.
A escolha por Daciolo agrada uma parte do PDT, que avalia que seu nome tem maior viabilidade eleitoral. Para esse grupo, a entrada do candidato no meio evangélico pode retirar votos de candidaturas conservadoras ligadas a Jair Bolsonaro (PL) e reforçar o palanque para o presidenciável Ciro Gomes. A equipe de Neves declarou que esta é uma escolha “fantástica”.