Eurípedes Junior, presidente do PROS, em encontro com Fernando HaddadDivulgação

O nanico PROS fechou aliança nacional com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas segue como reduto de candidatos bolsonaristas e de parlamentares que apoiam a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).
O PROS abriga nomes associados ao bolsonarismo radical, como a médica Nise Yamaguchi, que se notabilizou por recomendar tratamentos sem eficácia contra a covid-19, e o ex-deputado Boca Aberta, cassado por ter invadido uma UPA no Paraná.
Nise entrou com ação no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) para que o partido permita que ela seja candidata ao Senado por São Paulo, mas a atual direção quer apoiar Márcio França (PSB), candidato a senador na chapa em que o petista Fernando Haddad concorre a governador. Inicialmente, a médica se filiou ao PTB para concorrer ao cargo, mas saiu do partido para se filiar ao PROS em abril.
No Congresso, a legenda tem quatro deputados e dois senadores - destes, apenas a senadora Zenaide Maia (RN) faz campanha para o PT. "Continuo firme e forte ao lado do presidente Bolsonaro, minha fidelidade e apoio não têm data de validade", disse a líder da sigla na Câmara, Aline Sleutjes (PR), candidata ao Senado.
A deputada era do PSL, legenda que elegeu Bolsonaro em 2018 e se uniu ao DEM para formar o União Brasil. Em abril, durante a janela partidária, Aline se filiou ao PROS. "O PROS Paraná tem uma nota oficial autorizando o partido a fazer campanha para o presidente Jair Bolsonaro, inclusive foi uma exigência minha para filiar-me", afirmou.
O senador Telmário Mota (RR), que vai tentar a reeleição, também descarta apoiar o PT. "Em Roraima o parceiro do Lula é o (ex-senador Romero) Jucá, que destruiu o Estado. Bolsonaro não, é parceiro de quem quer o crescimento e o desenvolvimento de Roraima." Jucá (MDB), no entanto, vai se candidatar ao Senado na mesma coligação que o PL, partido de Bolsonaro, e publicamente já falou que apoia a senadora emedebista Simone Tebet ao Palácio do Planalto.
COACH
Com três mudanças recentes de comando por causa de uma disputa judicial, o PROS fechou o período das convenções com a retirada da candidatura presidencial de Pablo Marçal em favor de Lula. Marçal recorreu.
O partido foi oficializado em 2013 e tinha como principal nome o presidenciável do PDT, Ciro Gomes. Também já abrigou a família Garotinho, hoje no União Brasil. A sigla apoiou petistas ao Planalto em 2014 e em 2018.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.