O jornalista Chico Pinheiro, ex-Globo, será o apresentador do primeiro comício de campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato na disputa pelo Planalto, e do ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), na capital mineira, nesta quinta-feira (18). Kalil é candidato ao governo e busca colar sua campanha à do petista para chegar ao segundo turno contra o atual governador, Romeu Zema (Novo).
A família do jornalista é de Belo Horizonte, onde ele iniciou sua carreira. Pinheiro é filho do ex-vereador e ex-deputado estadual Antônio Pinheiro, cuja trajetória política foi próxima à esquerda e ligada a causas sociais.
O ex-parlamentar, que morreu no ano passado aos 98 anos de idade, foi vereador por cinco mandatos (entre 1998 e 2008) e deputado estadual entre 1993 e 1995. Filiado ao PSB, Antônio Pinheiro se filiou ao PSOL após o assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL).
O comício de Lula está programado para o início da noite na praça Rui Barbosa (da Estação), área central da capital mineira. O papel de Chico Pinheiro foi divulgado pela colunista Mônica Bergamo. Em entrevista a ela, o jornalista disse que a atual disputa eleitoral, polarizada entre Lula e o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, "é o momento de a civilização vencer a barbárie".
Chico Pinheiro participou das campanhas políticas do pai na década de 1980, antes de assumir o comando de programas de notícias na Rede Globo, onde permaneceu por 32 anos. Há quatro meses, quando deixou a emissora, Pinheiro disse que "a direita está louca".
Em 2018, após a prisão de Lula, vazaram áudios de Pinheiro na redes sociais criticando a decisão da Justiça e pedindo "calma e sabedoria" ao ex-presidente.
Pesquisa de intenção de voto em Minas Gerais, do Instituto Quaest, divulgada nesta quarta-feira (17), mostra o ex-presidente Lula à frente, com 45% das intenções de voto no Estado; Bolsonaro tem 33%. Ciro Gomes (PDT) aparece com 6%, e Simone Tebet (MDB), com 3%. Os demais candidatos não pontuaram. Os indecisos são 6%. Votos brancos, nulos e aqueles que disseram que não vão votar somam 6%.
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