Vera Lúcia (PSTU), Pablo Marçal (PROS), Soraya Thronicke (União Brasil), Sofia Manzano (PCB), Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT)Divulgação / O Dia

O candidato do PDT, Ciro Gomes, contestou a tese de que a máquina pública brasileira está inchada e que reduzi-la aliviará o peso dos impostos sobre a sociedade. Defensor da proposta de que cabe ao Estado induzir os setores estratégicos nacionais, investindo em setores como ciência e tecnologia, Gomes disse querer um Estado objetivamente encarregado de promover as tarefas que a iniciativa privada não é capaz de promover.
“Nossos gastos per capita [por pessoa] em Saúde estão deprimidos, assim como em Educação. Em Segurança, são uma piada. Em Infraestrutura, precisaríamos aplicar 3.3% do PIB só para manter o que já existe. Aplicamos cerca de 1.2% do PIB. Ou seja, estamos depreciando a infraestrutura nacional”, continuou o candidato trabalhista.
“O que eu quero é que o Estado, no Brasil, faça a etapa que lhe cabe fazer e difunda [os resultados] para a iniciativa privada”, continuou o candidato trabalhista. De acordo com Ciro, as assimetrias competitivas não permitem que um país como o Brasil dispense o Estado da tarefa de coordenação.
A fala do postulante foi dita na segunda (22), em um encontro promovido pelo Instituto para Desenvolvimento do Varejo, em São Paulo.
A representante do partido União Brasil, Soraya Thronicke, defendeu ontem (22), nas redes sociais, medidas para combater a corrupção no país. Entre as ações elencadas está a criação de um tribunal específico para julgar o crime e o fim do foro privilegiado.
“Quatro medidas para acabar com a corrupção: fim do foro privilegiado; criação de corte anticorrupção; independência da Polícia Federal; e endurecer as leis para crimes de colarinho branco”, destacou Thronicke no Twitter.
Em visita à Fundação Abrinq – braço filantrópico da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos – Felipe D’Avila (Novo) assinou, ontem (22) um termo de compromisso proposto pela entidade, prometendo estabelecer novas políticas públicas em defesa dos direitos e do desenvolvimento das crianças brasileiras.
O documento reúne propostas e metas baseadas em um mapeamento da situação educacional e social no país. "Uma das nossas maiores preocupações é a redução da pobreza infantil, a forma de pobreza mais danosa, que pode gerar impactos por toda a vida", postou o candidato nas redes sociais antes da visita.
Entre os compromissos assumidos está a redução da mortalidade, da pobreza, da insegurança alimentar, da exploração e da violência sexual entre crianças e adolescente. Nos últimos dias, os candidatos Eymael (DC) e Soraia Thronicke (União Brasil) também assinaram o termo.
Em declarações postadas nas redes sociais, o aspirante disse que “O Brasil corre um grande risco se me colocar na Presidência: o risco do Brasil se tornar a nação mais próspera da Terra até o final dessa década”, escreveu. “É um grande risco me colocar lá porque eu não vou ficar militando questões ideológicas. Eu estou preocupado com o futuro do Brasil”, acrescentou.
A candidata pelo PCB, Sofia Manzano, disse ontem (22) que a educação é uma ferramenta importante para adaptar os cidadãos às mudanças negativas que vêm sendo observadas no mercado de trabalho. Segundo ela, a redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais resultará em melhoria da qualidade de vida e terá, como consequência, benefícios para o corpo e para a alma das pessoas.
Na conta do Twitter, Manzano disse que a educação “é um grande problema para a juventude. Principalmente porque as mudanças feitas no mercado de trabalho aumentam a precarização”. Ela ainda acrescentou: “Queremos reduzir a jornada de trabalho para 30h semanais sem redução salarial. Precisamos de tempo para descansar, para estudar com qualidade, para praticar exercícios físicos e para irmos a atividades religiosas.”
A candidata usou da mesma rede social para criticar o setor agropecuário brasileiro, que, para ela, prioriza os mercados estrangeiros. “Se o agro alimenta bilhão de pessoas, por que não alimenta aqui [no Brasil], onde há 33 milhões de brasileiros passando fome?”, questionou. “É o Brasil que carrega o agro nas costas, não o contrário", acrescentou.
Na manhã de ontem (22), Simone Tebet (MDB) propôs a realização de parcerias público-privadas (PPPs) para gerar empregos e desenvolver a infraestrutura do país. Tebet citou um plano nacional para estradas e ferrovias.
"O Brasil precisa voltar a crescer, gerar emprego e renda, e isso só se faz com parceria com a iniciativa privada. Nós estamos aqui no Paraná, que é um exemplo típico do que o Brasil precisa. De um estado rico, que é o segundo maior produtor de grãos, mas que depende de logística, depende de ferrovias, de estradas duplicadas", disse acrescentando que, se eleita, fará o maior programa de logística de parceria, de PPPs, de ferrovias e rodovias do Brasil.
A candidata acrescentou que entre os pontos que vai apresentar está um projeto que “erradica a miséria” e, pela primeira vez, segundo ela, vai colocar a educação como prioridade nacional.
Tebet apresentou também uma meta para dobrar o número da participação feminina na política: “queremos ter 30% de mulheres eleitas neste ano, o que não é suficiente, mas já representa o dobro dos atuais 15% que participam da vida política nacional”, destacou.
Vera Lúcia (PSTU) fez alertas nas redes sociais sobre o uso das águas do Rio São Francisco. Segundo ela, são necessários cuidados, de forma a proteger suas águas de poluição e esgotos, e evitar que o uso fique restrito à irrigação de grandes propriedades rurais.
Na avaliação da candidata, o rio está correndo sérios riscos devido à poluição, à falta de saneamento básico nas cidades ribeirinhas, aos esgotos despejados em suas águas e a projetos de irrigação que, para ela, beneficiam latifundiários.
“É urgente e necessária a revitalização do Velho Chico, acompanhado de medidas que garantam a convivência digna, sustentável e plena com o semiárido”, disse a candidata, ontem (22), por meio de sua conta no Twitter.
Vera destacou que é preciso manter ações “reconhecidas e premiadas” que garantem, aos ribeirinhos, acesso à água, segurança alimentar, produção e consumo de alimentos saudáveis, além de serem eficientes no combate aos processos de desertificação. "Um milhão de pessoas não têm acesso à água de consumo humano no semiárido. Apoiamos as medidas de convivência apontadas pela ASA [Articulação do Semiárido Brasileiro], como a construção de cisternas e de implementação de tecnologias sociais para famílias que não possuem acesso à água de qualidade para beber”, escreveu.
A candidata manifestou apoio à implementação de tecnologias de captação e manejo de água de chuva para produção de alimentos, “tudo isso acompanhado de um programa de reforma agrária, que derrube as cercas do latifúndio. As cercas levam à seca”.
*Com Agência Brasil