Pesquisa CNT/MDA mostra quadro estável de disputa, diz cientista político
Na avaliação do cientista, no segundo turno, será uma 'guerra de rejeições', dado que Lula e Bolsonaro têm elevada aceitação, mas também enfrentam uma alta rejeição de parte do público.
O cientista político e sócio da Tendências Consultoria, Rafael Cortez, comentou ao Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) que a pesquisa eleitoral para presidente do Instituto MDA Pesquisa, encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), exibiu um quadro estável na preferência dos eleitores e não captou o início do horário eleitoral gratuito e o debate realizado pela Rede Bandeirantes no domingo à noite. No levantamento, o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva tem 42,3%, o presidente Jair Bolsonaro tem 34,1%, Ciro Gomes aparece com 7,3% e Simone Tebet tem 2,1%.
"Existe uma cristalização dos votos dos eleitores, sobretudo nos dois candidatos que estão na frente nas pesquisas. O governo conta com a estratégia de ver o crescimento dos candidatos que poderiam ser uma terceira via para levar a eleição para o segundo turno", comentou Cortez.
Na avaliação do cientista político, no segundo turno, será uma "guerra de rejeições", dado que Lula e Bolsonaro têm elevada aceitação, mas também enfrentam uma alta rejeição de parte do público. "Vamos ver como o horário eleitoral influenciará a avaliação dos eleitores nas próximas semanas. Além disso, as pesquisas em geral não estão captando a tendência do voto útil, o que será definido nas vésperas do pleito."
Para Cortez, contudo, será uma tarefa muito difícil para o atual presidente reduzir a aversão dos eleitores no segundo turno a ponto de viabilizar a sua reeleição.
A pesquisa CNT/MDA mostrou que 79,6% dos eleitores não deverão mudar de voto, mas 20,4% apontam que podem alterar sua decisão até o dia 2 de outubro.
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