Brazilian President Jair Bolsonaro rides a motorbike during a motorcade rally as part of his re-election campaign in Campinas, Sao Paulo state, Brazil, on September 24, 2022. Brazil holds its presidential elections on October 2.AFP

Apesar de não ter agenda oficial, o presidente e candidato à reeleição pelo PL, Jair Bolsonaro, aproveitou o último domingo antes das eleições, 25, para andar de moto pelo Sudoeste, área nobre de Brasília, e almoçar no Guará II com apoiadores que tocaram o Hino Nacional e saudaram o chefe do Executivo com gritos de “mito”.

Jornalistas que estavam no local, questionaram Bolsonaro sobre a decisão do corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Benedito Gonçalves, que mandou tirar do ar a live da última quarta-feira. Para o candidato a medida foi "estapafúrdia" e uma invasão de privacidade. "Dispensa comentários. É a minha casa. Quando eu cheguei eu desliguei o aquecedor da piscina. É mais de R$ 10.000 (de economia) por mês. Vou fazer live. Hoje vai ter live, tá ok?". "É uma decisão estapafúrdia. Invasão de propriedade privada. Enquanto eu for presidente, lá é minha casa", declarou.
A proibição foi determinada por uma decisão liminar do corregedor-geral do TSE, ministro Benedito Gonçalves, na última sexta-feira, 23. O magistrado mandou tirar do ar a "live" de quarta-feira, 21, em que Bolsonaro fez propaganda eleitoral usando a estrutura do Alvorada e também proibiu que o candidato à reeleição use recursos e instalações públicas para transmissões com cunho eleitoral. Questionado sobre se iria recorrer da decisão, o presidente disse apenas para "perguntar à AGU (Advocacia-Geral da União)". 

Depois do almoço, Bolsonaro passou pela Esplanada, onde também falou com simpatizantes e, por fim, retornou ao Palácio da Alvorada.