Em pronunciamento realizado na manhã desta segunda-feira, 26, em sua conta no Youtube, o candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, leu um manifesto em favor da manutenção de sua candidatura. Pressionado para desistir da corrida presidencial, o que aumentaria as chances de vitória em primeiro turno de Lula (PT) contra Jair Bolsonaro (PL), ele afirmou que não abrirá mão de sua candidatura e que campanha pelo voto útil elimina o direito do cidadão de votar e sonhar.
Ciro lembrou que, “na maioria das vezes em que um movimento nacionalista se levanta no Brasil, ele é destruído pelas forças do atraso do atraso ou se autodestrói por acordos eleitorais escusos”.
“Para esconder a culpa da renúncia covarde aos verdadeiros ideais de mudança, muitos se escondem na desculpa de que, para governar, é necessário uma aliança com as forças do atraso. E para eliminar na raiz, a diversidade do embate democrático, tentam transformar, de forma artificial e prematura, no embate de duas forças que utilizam falsos argumentos morais para se tornarem hegemônicas. Aqueles que ousam resistir, como é o meu caso, são vítimas das mais violentas campanhas de intimidação, mentiras e de operações de destruição de imagem”, disse Ciro.
“Nada deterá a minha disposição de seguir em frente a empunhar a bandeira do novo projeto nacional de desenvolvimento e também a denunciar os corruptos, farsantes e demagogos que tentam ludibriar a fé popular com suas promessas.
O pedetista trouxe números negativos dos 14 anos do governo do PT que, segundo o candidato, agravaram os problemas da má concentração de renda e de desigualdade social. “40 mil indústrias e 350 mil comércios fecharam as portas do governo Dilma para cá. Lula e o PT estiveram por 14 anos no poder e deixaram o país da mesma forma”, apontou.
Ciro também teceu críticas ao presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro. De acordo com o pedetista, Bolsonaro desrespeita todas as instituições do país e ataca a democracia.
“O Brasil está perto de viver a maior fraude de sua história, não nas urnas, mas de estelionato eleitoral”, disse Ciro sobre os dois candidatos que ocupam as primeiras colocações nas pesquisas de intenção de votos.
Encerrando seu pronunciamento, de pouco mais de 11 minutos, Ciro garantiu que não será intimidado. “Não fugirei do debate democrático. Minha candidatura está de pé. Com rebeldia e esperança, ainda podemos ganhar as eleições”, finalizou o candidato.
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