Eduardo Leite se manterá neutro na corrida presidencial, mas espera herdar os votos do PT no Rio Grande do SulValter Campanato/Agência Brasil

Porto Alegre - Na disputa com Onyx Lorenzoni (PL) pelo governo do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) declarou neutralidade no segundo turno das eleições presidenciais. Ex-ministro e candidato de Jair Bolsonaro (PL) no estado, Onyx "herda" os votos do candidato à reeleição. Com o aval de Luiz Inácio Lula da Silva, o PT ensaiou uma aproximação a Leite, mas divergências partidárias inviabilizam a costura de um possível acordo. Dessa forma, Leite reafirmou que não apoia Lula ou Bolsonaro na corrida ao Planalto.
"Não preciso ser medido nesta eleição pela régua estreita da polarização nacional. Tenho serviços prestados, sabem como ajo e como faço política. Meu adversário é uma dúvida, porque, onde atuou, não atuou bem", afirmou o tucano em publicação no Twitter.

Ex-governador do Rio Grande do Sul, Leite conseguiu uma vitória apertada sobre Edegar Pretto (PT), com uma vantagem de apenas 2,5 mil votos, para avançar no segundo turno. O tucano teve 1.702.815 de votos (26,81%) contra 2.382.026 de votos (37,50%) de Onyx.

Com a crise deflagrada no PSDB, agravada após o apoio do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, à candidatura de Tarcísio de Freitas (Repuplicanos) e de Jair Bolsonaro, foi encarada como uma oportunidade pelo PT de conquistar o apoio de Leite após ganhar o voto público de tucanos de peso como José Serra, senador e ex-governador de São Paulo, e Tasso Jereissati, ex-governador do Ceará.