Lula (PT) tem 52% dos votos e Bolsonaro (PL) 48%Reprodução/Redes Sociais

Os postulantes ao Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já planejaram com as equipes as estratégias que vão ser utilizadas nos debates do segundo turno das eleições. Ambos dos candidatos entendem que a questão religiosa deve ser evitada na hora do embate para que a corrida eleitoral não se transforme em uma "guerra santa".
O grupo de Bolsonaro compreende que as discussões sobre religião devem ficar nas redes sociais ou nas propagandas eleitorais da televisão. A equipe do atual presidente sabe que Lula tem bons argumentos na hora de se posicionar como cristão e possui alianças com padres e freis da Igreja Católica. Bolsonaro também pode se prejudicar ao abordar o assunto pois pode aparentar ser uma figura "cristã fervorosa", o que espantaria o público mais moderado. O pedido é que o candidato do PL foque em projetos e pautas econômicas para conquistar o eleitorado mais pobre.
No entanto, por Lula ter sinalizado que iria apenas em dois debates, a estratégia está definida apenas para o primeiro encontro, que será na Band. Como o último debate, que será na Globo, esta definido para o dia 28 de outubro, dois dias antes das eleições, a campanha de Bolsonaro pode fazer ajustes, caso o chefe do executivo apareça atrás nas pesquisas de intenção de voto.
“Não há necessidade apostar em pautas de costumes no começo da campanha. Se lá na frente for necessário, aí tudo bem. Mas neste começo vamos focar na economia do governo”, afirmou um dos coordenadores do presidente.
Por Lula estar em primeiro nas pesquisas de intenção de voto e ter liderado o primeiro turno, o ex-presidente não deve ir para o ataque. A equipe do petista pediu para que ele fizesse uma discussão sobre legado e comparasse as ações feitas em cada governo.