A produtora de vídeos Brasil Paralelo usou as redes sociais neste sábado (8) para rebater a representação do PT no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pede a remoção do que chamou de "rede de fake news" do Twitter, em que aponta mais de 33 perfis como disseminadores de notícias faltas.
A notícia veiculada pelo "portal G1" cita uma lista de contas que inclui veículos como a Gazeta do Povo e a Jovem Pan, além de parlamentares como Carla Zambelli, Nikolas Ferreira e Eduardo Bolsonaro.
A produtora diz que o pedido do partido ao TSE representa "censura" e afirma que não tolera perseguições partidárias que tentam fazer "revisionismo histórico".
"Nas últimas semanas foram excluídas por ordem judicial diversas postagens que relatavam as conhecidas acusações de vínculo entre o PT e o PCC, também foram removidos conteúdos que investigam as possíveis ligações do partido com o assassinato do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel", diz um representante da empresa.
A produtora acusa o partido de colocar a liberdade de expressão em risco e que, caso vença as eleições no próximo dia 30, "não dá motivo spa que se imagine um cenário melhor".
A Brasil Paralelo pede direito de resposta à emissora Globo por veicular o que chama de "mentiras irresponsáveis, que atentam contra a democracia e os pilares do Estado de Direito".
Na matéria do portal, o advogado Zanin Martins diz que a luta é desigual e que só o Twitter teria ferramentas para enfrentar o problema, alegando que, por dia, envia mais de 5 representações ao TSE contra potenciais fake news.
Na visão do advogado da campanha petista, há uma "guerra cultural" em curso, que não é inibida apenas por ação do TSE, pedindo também alguma medida da rede social.
As notícias veiculadas por estes perfis citados passam por temas como o fechamento de igrejas, "kit gay", além de fotos manipuladas digitalmente.
A produtora é a maior anunciante de posts políticos no Facebook, tendo investido cerca de R$ 3,8 milhões em anúncios na rede social. No Twitter, possuem 467,6 mil seguidores e no Instagram mais de 1,8 milhões.
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) emitiu uma nota demonstrando "preocupação" com o pedido do PT, apesar de "possível desinformação" veiculada pelos perfis.
A rede identificada pelo PT inclui os seguintes perfis:
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