Eleitorado mais jovem e apoiadores de Lula também são mais temerosos (43% nos dois casos)Tomaz Silva/Agência Brasil
A votação entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que recebeu 48,4% dos votos válidos, e Jair Bolsonaro (PL), 43,2%, foi precedida de diversos atos violentos, que não têm perspectiva para serem reduzidos no 2º turno. Com isso, o medo cresce entre as mulheres. As que têm muito medo são 43%, ante 24% dos homens.
Por região, o Nordeste é o que demonstra ter mais medo de violência (41%). Reduto eleitoral petista, a região registrou 67% dos votos válidos em Lula, mas nordestinos vêm sofrendo ataques nas redes após o número expressivo.
No Centro-Oeste, berço do agronegócio e de maioria bolsonarista, 38% dos eleitores relataram ter muito medo de algum conflito violento. Nas demais regiões, os índices são de 33% no Sudeste, 27% no Norte e 26% no Sul. Entre os votantes de cidades metropolitanas, 38% relatam medo de conflitos. Já nos que residem em cidades do interior, 31%.
O instituto ouviu 2.884 eleitores em 179 municípios, num levantamento contratado pela Folha e pela TV Globo e registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob o número BR-02012/2022.
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