Afirmação foi feita em entrevista concedida ao The New York Times, em 2016Reprodução/The New York Times

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu neste sábado, 8, o vídeo veiculado no horário político em que mostra o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmando que tentou comer carne de indígena.
"Aquilo não é fake news ou maldade nossa, aquilo somos nós informando o povo sobre como é nosso adversário", disse, em comício em Campinas, quando questionado se o caso seria mais explorado pela campanha.
"O que está acontecendo é que não estamos inventando. Aquilo não é campanha do Lula falando, é ele falando."
O vídeo em questão mostra Bolsonaro em entrevista de 2016, ao jornal americano New York Times, dizendo que não participou de um suposto ritual canibalístico porque os outros integrantes da comitiva não aceitaram acompanhá-lo. "Eu queria ver o índio sendo cozinhado. Daí o cara: se for, tem que comer. Eu como" é a parte da fala de Bolsonaro usada na campanha petista.
Durante o comício deste sábado (8), Lula voltou ao episódio, dizendo que as pessoas não se aproximam de Bolsonaro por terem medo de canibalismo. "Ele tem DNA negativista, por isso que diz que comeu índio", afirmou em outra ocasião.
O ex-presidente disse que a campanha eleitoral deste ano é “anormal” por causa do uso da máquina pública por Bolsonaro.
A equipe de Bolsonaro já acionou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que o PT retire o vídeo do ar.
O início da corrida eleitoral do 2º turno está marcado por questões religiosas e morais. Na primeira semana, um vídeo de Bolsonaro em uma loja maçônica também foi explorado pelos adversários.