Entre 46% doa entrevistados, as chances de votarem em Lula para evitar a vitória de Bolsonaro são altasReprodução/AFP/PR

A pesquisa Ipec nesta reta final das eleições presidenciais ouviu 2 mil pessoas entre os dias 8 e 10 de outubro em 130 municípios brasileiros e mostra que boa parte dos entrevistados escolheram seu candidato com base na rejeição do adversário.

Os dados da pesquisa Ipec, que é contratada pela Globo, foram divulgados nesta terça-feira, 11, e indicam que três em cada quatro eleitores dizem ser grandes as chances de votar em um candidato para que o adversário não ganhe a eleição.
Entre 46% do eleitorado brasileiro ouvidos pela pesquisa, as chances de depositarem o voto em Lula para evitar a vitória de Bolsonaro são altas. Do outro lado, 33% dos entrevistados também compartilham da mesma opinião em depositar o voto em Bolsonaro para evitar que o ex-presidente petista volte ao poder.
Voto em Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

- 32% dizem que a probabilidade de votar em Lula é alta
- 14% dizem que é alta
Voto em Jair Bolsonaro (PL)

- 29% dizem que a probabilidade é muito alta
- 12% dizem que é alta
Perfil no Nordeste
Entre moradores do Nordeste, a taxa dos que dizem ser muito alta a probabilidade de votar no petista para evitar a vitória de Bolsonaro é de (44%). A renda familiar de 39% dos entrevistados que querem evitar Bolsonaro reeleito no Nordeste é de um salário mínimo. Ao todo, 38% são católicos e 36% são pretos e pardos.
Perfil na região Sul
Aos que dizem ser muito alta as chances de votar em Bolsonaro como forma de evitar a volta do candidato petista tem maior percentual em os mais ricos com renda familiar maior que cinco salários mínimos (46%). Entre eles, 43% são evangélicos. Essa população (38%) vive na região Sul e é composta em 37% de pessoas com ensino superior.

A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
A pesquisa ouviu 2 mil pessoas entre os dias 8 e 10 de outubro em 130 municípios brasileiros. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no TSE com o código Nº 02853/2022.