Bolsonaro no Santuário de AparecidaReprodução/Youtube
Segundo informações, Bolsonaro não tinha a intenção de comparecer em Aparecida no começo da campanha. Porém, uma fake news começou a circular nas redes sociais em que acusava o presidente de ter planos para acabar com o feriado do dia 12 de outubro. A falsa notícia alegava que o governante atenderia pedidos de pastores evangélicos.
Aliados aconselharam o presidente a participar do Círio de Nazaré, em Belém, e também da missa em Aparecida. O objetivo era frear as fake news e mostrar que o mandatário possui boa relação com os cristãos, sejam eles católicos ou evangélicos.
O problema que os líderes católicos não demonstraram a mesma receptividade que os pastores. Cardeais deixaram claro que não permitiram que nenhum político se aproveitasse dos eventos religiosos para se promover durante as eleições 2022.
Mesmo assim, Bolsonaro resolveu participar dos dois eventos. Foi muito bem recebido, mas tratado como um mero fiel, situação oposta do que ocorre quando participa de cultos evangélicos.
Em Aparecida, a intenção do presidente era ser discreto. Ele apenas conversaria com poucos apoiadores católicos após o fim da missa. Não deu certo, porque centenas de pessoas se reuniram para encontrá-lo.
Só que o pior momento foi quando bolsonaristas encurralaram jornalistas e passaram a xingá-los. Um fiel vestido de vermelho acabou sendo hostilizado. Além disso, o arcebispo da Arquidiocese, Dom Orlando Brandes, recebeu vaias ao defender o combate a fome. Não pegou bem.
A campanha se assustou com a repercussão. Esperavam que os apoiadores demonstrassem carinho pelo presidente. Jamais passou pela cabeça que eles desrespeitassem a igreja, com direito a ter um homem segurando uma bebida alcoólica na frente da Basílica de Aparecida.
Bolsonaro teme reação de católicos
Com a confusão, a campanha de Bolsonaro teme que os católicos passem a trabalhar a favor do petista. O sinal vermelho está ligado.