Palco escorrega com BolsonaroREPRODUÇÃO

Rio- O presidente Jair Bolsonaro realizou um comício de campanha no centro de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, nesta sexta-feira (14), junto com o governador reeleito Cláudio Castro (PL) e o ex-prefeito do município Washington Reis (MDB). O evento ocorreu na Praça do Pacificador e reúne cerca de 2 mil pessoas. Durante o discurso, o presidente abordou questões de segurança pública, como redução de maioridade penal, queda nos números de feminicídio e assassinatos de homossexuais, além de reforçar um governo sem corrupção e atacar o Partido dos Trabalhadores (PT) e o ex-presidente Lula.

Antes da chegada de Bolsonaro, jingles de campanha animaram o público que agitava bandeiras com imagens do candidato a reeleição e de Washington Reis. Além disso, apoiadores ainda puxaram o coro, “Lula ladrão, seu lugar é na prisão”. Enquanto outros ainda acompanham o comício de prédios no entorno da praça com bandeiras do Brasil estendidas nas janelas.
Com a chegada de Bolsonaro, por volta das 11h, o locutor subiu ao palco e gritou: "Quem acredita em Deus, levanta a mão", e em seguida o público começou a gritar: "Mito, mito". Para dar início ao comício, um pastor realizou uma oração abençoando o presidente e agradecendo pelo dia, seguido do Hino Nacional.
No palanque, ao lado do presidente, estiveram Claúdio Castro, Washington Reis, o senador Flávio Bolsonaro (PL), a Clarrissa Garotinho (UNIÃO), candidata a senadora, Romário (PL), eleito senador, Daniel Silveira (PTB), Gutemberg Reis (MDB), deputado federal, Magno Malta (PL), senador do Espírito Santo, e a deputada Soraya Santos (MDB).
O presidente discursou logo após as lideranças políticas e fez uma série de críticas ao Governo do PT e ao ex-presidente Lula.

“O meu lado é o lado do povo brasileiro. Vencemos a pandemia e temos a gasolina mais barata do mundo. Conseguimos pagar 600 reais de auxílio porque no nosso governo não tem corrupção. Nós criamos um mar verde amarelo no país, enquanto o outro lado não respeita a família e criou ideologia de gênero para levar o sexo para nossas crianças. Nós não queremos banheiro unissex nas escolas. O outro lado quer legalizar as drogas”, disse.

Bolsonaro ainda reforçou não ser preconceituoso. “O que eu tenho contra os gays? Nada
Contra os negros? Nada. O feminicídio caiu, a morte de gays caiu. Somos um governo que combate a violência. É um governo que é da paz. Vamos aprovar a redução da maioridade penal. Vamos aprovar o excludente de ilicitude para os policiais”, relatou.

Ainda em discurso, o presidente voltou a criticar o governo PT. “Quando criamos o Auxílio Brasil os deputados do PT foram contra. Roubaram 900 bilhões de reais da Petrobras! Bandidos! Quadrilha! O vice de Lula é o ladrão da merenda escolar em SP. Lula fala em censurar a mídia nas redes sociais. O futuro está nas nossas mãos Todo dia quando eu me levanto eu peço a Deus que o povo Brasileiro não experimente o comunismo. O Brasil é uma parte do paraíso. Vamos lutar porque é uma luta do bem contra o mal. Eles não conseguem tirar nossos votos porque é um voto consciente. Do lado de lá é fácil tirar votos porque eles só mentem”, finalizou.
Dentre o público, Valdemir Dias, comerciante de 35 anos, disse que foi ao comício e vai votar em Bolsonaro por acreditar que ele é “a melhor opção, para defender a família e o país".

Já a empreendedora Eliane Nunes, 33 anos, afirmou que vai votar em Bolsonaro porque durante seu governo conseguiu abrir um negócio. “Hoje emprego 4 pessoas e se ele não se reeleger tenho receio de que a economia do Brasil venha a piorar e eu tenha que fechar meu negócio”, disse.
Palanque
Em certo momento, o palanque em que o presidente estava cercado de apoiadores e do ex-prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis, ameaçou cair e assustou o público. Bolsonaro chegou a se desiquilibrar e se apoiou em outras pessoas, sendo ajudado. Em seguida, um militar do exército apareceu para ajudar o presidente. Todos em volta tentaram ainda segurar o candidato a reeleição, que pediu calma, verificou o palanque e voltou a posição anterior. Washington Reis ainda deu pulos em cima do palanque para testar a estrutura após o palco quase ter cedido. Durante o comício, Bolsonaro permaneceu usando colete a prova de balas por baixo de um casaco.
Discursos políticos
Ao som de público cantando “a nossa bandeira jamais será vermelha", as lideranças políticas discursaram.

Gutemberg Reis alegou que o evento vai marcar a campanha bolsonarista. “A Baixada vai abraçar Bolsonaro por tudo que ele fez pela região. O senhor Bolsonaro é um homem sério, competente e simples”, disse. Em seguida, a deputada federal Soraya Santos informou que o presidente desperta o patriotismo brasileiro. “O senhor sancionou uma série de leis para proteger as mulheres. Nós estamos mobilizando as mulheres que acreditam na vida”, relatou.

Logo depois, Washington Reis fez uma série de agradecimentos. “Quero agradecer a Deus, ao Romário, Magno Malta, Flávio Bolsonaro e Cláudio Castro. Eu prometo ir na Baixada onde o Bolsonaro for. Na hora da pandemia Bolsonaro abriu aqui 200 leitos junto com o Governador Cláudio Castro, ele ajudou a abrir o hospital do coração na Baixada. Obrigado por essa parceria histórica entre Duque de Caxias, o estado do Rio e o Brasil. Eu tenho 30 anos de vida pública e nunca vi um homem tão comprometido e tão temente a Deus como o presidente. Nós temos adversários perigosos e não podemos repetir um filme que deu errado. Salva de palmas para o senhor Jesus”, concluiu.

O Senador do Espírito Santo, Magno Malta, também discursou e reforçou que o Auxílio Brasil nunca irá acabar. Além disso, ele tamém criticou o governo do PT.
“Esse momento é ímpar. Me reportou a minha escola no interior da Bahia quando tínhamos aula de educação social e cantávamos o hino. O auxílio Brasil nunca vai acabar. O PT nunca fez renda básica e Bolsonaro fez. O auxílio Brasil diferente do Bolsa Família não precisa de cadastro na prefeitura é diretamente com o Governo Federal”, disse.

O senador ainda reforçou o compromisso do presidente com a constituição. “O autor José Dumont foi preso por uma lei que eu tive prazer de assinar. Os crimes de Marajó denunciados por Damares são verdadeiros. A linha da constituição terá que ser respeitada. Lutando pelo Brasil, Bolsonaro levou uma facada e ficou entre a vida e a morte”, finalizou.

Após o discurso, Bolsonaro abraçou Magno Malta e o público voltou a gritar:“Mito Mito”. Em seguida, Cláudio Castro agradeceu a ajuda do presidente ao governo do Rio.

“Quando eu fui chegando na Câmara Municipal do Rio eu encontrei o Bolsonaro e foi muito emocionante. Dois anos depois eu assumiria a maior missão da minha vida, então eu telefonei para o Flávio Bolsonaro e disse que a dívida nesse estado ia acabar. Quando o Rio ia quebrar quem ajudou a gente foi Bolsonaro. Quando veio a tragédia de Petrópolis a primeira pessoa que me atendeu foi Jair Bolsonaro. A eleição não acabou, ainda falta a melhor parte dela. A vitória no dia 30 é de Jair Bolsonaro. Quem botou 600 reais na mão do povo brasileiro foi Jair Bolsonaro. Não adianta nós sairmos com a vitória no Rio de Janeiro se não elegermos Bolsonaro. Todos nós temos a tarefa de fazer Bolsonaro o presidente o mais votado na história do Brasil”, finalizou.