Governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB)Reprodução

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) determinou, nesta sexta-feira (14), a abertura de um procedimento para investigar uma possível ligação entre o juiz Maurício Cesar Breda Filho, do TRE-AL, e Paulo Dantas (MDB) , governador de Alagoas.
De acordo com o ministro Benedito Golçalves, há indícios de proximidade entre o juiz e o governador alagoano, o que pode ter causado uma imparcialidade no julgamento de casos envolvendo Dantas.
"Ainda que o reclamado esteja licenciado, há indícios de que está, ou ao menos esteve, vinculado ao gabinete do Governador de Alagoas , cujo atual incumbente disputa a reeleição", afirmou o ministro.
Gonçalves solicitou que Breda se manifeste em até três dias sobre acusações que de parcialidade que ele está recebendo devido a sua relação com o chefe do Executivo alagoano.
A principal acusação foi feita por Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados e adversário do grupo de Paulo Dantas e do senador Renan Filho (MDB) em Alagoas.
Paulo Dantas investigado
Candidato ao governo alagoano apoiado por Lula, Paulo Dantas é alvo de uma investigação da Polícia Federal por suspeita em participar de um esquema de rachadinha na Assembleia Legislativa de Alagoas, quando ocupava o cargo de deputado estadual.
O emedebista foi afastado do cargo por determinação da ministra Laurita Vaz, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Na operação, apelidada de Edema, foram cumpridos 31 mandados de busca e apreensão, inclusive na Assembleia Legislativa de Alagoas, no Palácio do Governo do Estado, e na casa de Dantas e de parentes. A ação apura supostos desvios públicos desde 2019.
Em um post realizado nas suas redes sociais, o governador chamou a ação "grotesca", e afirmou que a mesma tentou manchar a sua reeleição ao governo do estado.
"Uma ala da PF, sob pretexto de investigar acusações de 2017, pediu à Justiça o meu afastamento do cargo, a poucos dias do 2º turno, e estando com 20 pontos à frente", escreveu.