João Amoêdo é alvo de um pedido de expulsão do NovoEduardo Carmim/Parceiro/Agência O Dia

O presidente do Novo, Eduardo Ribeiro, disse ontem que — diferentemente do que afirmou o empresário João Amoêdo, fundador e ex-comandante do partido — a nota divulgada pela legenda após o primeiro turno das eleições, liberando o voto dos filiados na segunda etapa, não prevê a opção pelo candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva.
"Na nota, nós nos colocamos claramente contra o PT. Reforçamos que o PT e o lulismo são contrários a tudo o que a gente sempre defendeu", disse Ribeiro.
"No Novo, tem gente que gosta do Bolsonaro e vai votar nele, tem gente que vai votar a contragosto no Bolsonaro e tem gente que não vota de jeito nenhum no Bolsonaro e prefere anular o voto. Mas ninguém vai votar no Lula", completou.
Ribeiro, que classificou a declaração de voto de Amoêdo em Lula como "vergonhosa" e "uma decepção muito grande", justificou a forte reação do partido e de vários de seus líderes e mandatários contra ele. "Como a imagem do João é muito associada ao Novo, muita gente iria achar que o partido estava apoiando o Lula."
Um pedido de expulsão de Amoêdo do Novo foi protocolado na Comissão de Ética Partidária no dia 13. Além da sua declaração de apoio a Lula, o pedido se baseia também no suposto desrespeito ao artigo 18 do estatuto do partido, que trata como infidelidade "difamar a imagem ou a reputação" do partido.
*Com informações de Estadão Conteúdo