O senador Randolfe Rodrigues (Rede), João Maurício de Freitas (presidente do PT-RJ), o ex-presidente Lula (PT) Gleisi Hoffman, presidente nacional do PT, Juliano Medeiros (Psol) e Leandro Grass, deputado distrital e coordenador da campanha de Lula no DFCarlos Cruz / Agência O Dia

O candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passou a quinta-feira (20) cumprindo agenda de campanha no Rio de Janeiro. Às 10h, Lula deu uma coletiva de imprensa no Hotel Pestana, em Copacabana.
No início da coletiva, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, disse que este é um momento de conversar com o povo, ouvir as propostas e combater as fake news: "É uma vergonha o que estamos assistindo. A imprensa tem um papel fundamental no combate às fake news", disse a presidente. Ela denunciou, também, a compra de votos de patrões em cima de empregados e a utilização da religião e o uso da máquina pública para reverter a vantagem que o PT tem sobre a população mais pobre.
O ex-presidente Lula disse que não comenta pesquisa, e que elas servem apenas para 'nos alertar'. Sobre o resultado do pleito, o petista declarou estar certo de que irá ganhar as eleições. Ele também afirmou que na próxima segunda-feira a equipe se reunirá para discutir sobre o último debate antes do segundo turno das eleições: "O primeiro objetivo nosso é tentar convencer as pessoas a irem votar, até para que possam cobrar as pessoas que eles elegeram. As prioridades serão a criação de empregos, reajuste de salário mínimo todos os anos, R$ 150 para as crianças e a ajuda aos micro e pequenos empreendedores. É isso que vamos continuar fazendo e esperar que o povo no dia 30 vote no 13", declarou.
Em relação às ofensas do opositor, o presidente Jair Bolsonaro (PL) ao povo nordestino, o petista disse que 'pessoalmente' se sentiu 'ofendido' porque também é do Nordeste.
Sobre a disseminação de notícias falsas durante o período eleitoral, o ex-presidente Lula disse que é muito 'difícil competir com robôs' e que "é importante que a gente reconheça a capacidade do exército de milicianos dele [Bolsonaro] de fazer inserções nas redes sociais. A gente não estava acostumado com isso. Mas acho que mesmo assim nós vamos ganhar as eleições", afirmou.
Lula chamou Bolsonaro de mentiroso e disse que o presidente é 'muito profissional nas mentiras'. O petista afirmou que "não vamos fazer o jogo rasteiro que ele pensa que vai nos levar. Não vamos entrar no lamaçal que ele quer nos arrastar". 
Após ganhar direito de resposta durante tempo de campanha de Bolsonaro, Lula declarou que a Justiça existe para isso: "Quando a gente se sente ofendido, em vez de atacar como eles fazem, a gente recorre à Justiça".
Durante a coletiva de imprensa, o ex-presidente falou sobre algumas propostas de governo, como a criação de centros de excelência para cuidar de dependentes químicos, a geração de empregos, os investimentos na construção civil e no setor de infraestrutura, retomando as obras do PAC que já foram licenciadas e que estão paralisadas. Lula relembrou as obras do Programa de Aceleração do Crescimento durante os governos do PT: "Se a gente fosse numa obra, no local mais distante, a gente ia ver que quem estava trabalhando lá era o pai de família, o morador do local", disse.
Para combater o tráfico de drogas e fortalecer o policiamento nas fronteiras, Lula pretende criar o Ministério de Segurança Pública dizendo que é preciso 'construir uma nova polícia nacional'. Ele também criticou as medidas adotadas pelo atual presidente relativa às armas: "Não precisamos mais nos preocupar com o tráfico de armas porque os decretos do Bolsonaro liberaram a compra de armas, e quem está adquirindo essas armas não são as pessoas de bem. O que o Bolsonaro fez foi liberar armas para que o narcotráfico possa adquirir armas legalmente sem precisar roubar os arsenais da polícia e do exército".
Também participaram da coletiva o senador Randolfe Rodrigues (Rede), o presidente do PT-RJ, João Maurício de Freitas, presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman, o presidente nacional do Psol, Juliano Medeiros, e o deputado distrital e coordenador da campanha de Lula no DF, Leandro Grass.
De Copacabana, Lula seguiu para São Gonçalo para uma caminhada. Na parte da tarde, o candidato estará no bairro de Padre Miguel, na Zona Oeste do Rio, onde também faz caminhada.