O presidente criticou o adversário, Luiz Inácio Lula da Silva Reprodução/YouTube

O presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), afirmou nesta quinta-feira (20), durante o podcast Inteligência Ltda, que o Auxílio Brasil contempla as necessidades dos cidadãos brasileiros, por isso, "não se justifica passar fome no Brasil", segundo o mandatário. Ele ainda criticou o adversário, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao chamá-lo de "mitomaníaco", que significa ser uma pessoa que mente de forma compulsiva.
"Tem gente passando fome, tem, mas não nesse número que o Lula prega. O Lula chuta os números. Ele é um mitomaníaco, que conta mentiras. E ele sempre fala que tem 30 milhões de pessoas passando fome. Quem passa fome é aquela pessoa que ganha até US$ 2 por dia. Então, quem ganha até R$ 10 por dia está passando fome. O nosso Auxílio Brasil paga R$ 600 por mês, R$ 20 por dia, ou o dobro dos R$ 10. Então, se tem alguém passando fome no Brasil, é muito fácil se cadastrar e receber o Auxílio Brasil. Nós pagamos mais e melhor, três vezes mais que a média [do extinto Bolsa Família]", disse Bolsonaro.
Segundo a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan) o número de pessoas passando fome no Brasil neste ano é de 33,1 milhões. O levantamento mostra ainda que a fome dobrou nas famílias com crianças menores de 10 anos, subindo de 9,4%, em 2020, para 18,1%, em 2022.
De acordo com os dados da ONG Banco de Alimentos, mais de 125 milhões de pessoas vivem em situação de insegurança alimentar, quando não há a garantia de que a população terá o que comer na próxima refeição.
O presidente ainda afirmou que o Auxílio Brasil paga dois quilos de frango por dia.
"Então, tem gente passando fome? Tem, mas não justifica passar fome, porque você pode requerer... e com R$ 20 por dia, eu sei que não é muita coisa, mas você pode comprar dois quilos de frango no supermercado, que está, em média, R$ 10 o quilo", concluiu.
Eleições
De acordo com o TSE, Lula terminou o primeiro turno com 48,43% dos votos (57.259.504), enquanto Bolsonaro marcou 43,20% (51.072.345). O vencedor do segundo turno das eleições, marcado para o próximo dia 30 de outubro, irá comandar o país por ao menos quatro anos, até o fim de 2026, assumindo o governo em janeiro de 2023.